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Nutribras Alimentos investe R$ 500 milhões para ser autossuficiente em milho

Ampliação da lavoura vai contribuir para melhorar a margem Ebitda da companhia, que foi de 14% em 2023, com a expectativa de saltar para até 25% em 2024, segundo a empresa

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Atualização:

A Nutribras Alimentos, com atuação na suinocultura em Sorriso (MT), quer se tornar autossuficiente em milho até 2026. Como o insumo é o principal na ração dos animais e vem sendo cada vez mais demandado para fabricação de etanol, a empresa quer reduzir custos. Está investindo R$ 500 milhões para expandir em seis vezes a área total de cultivos – incluindo soja e feijão –, para 35 mil hectares. Jonas Stefanello, coordenador técnico da Nutribras, explica que a ampliação da lavoura vai contribuir para melhorar a margem Ebitda da companhia, que foi de 14% em 2023, com a expectativa de saltar para até 25% em 2024. “Temos adubo orgânico próprio, o que nos ajuda a reduzir custos”, diz, referindo-se aos dejetos das granjas suínas.

Ampliação dos abates nos planos

Em 2023, a Nutribras teve receita operacional líquida de R$ 618 milhões, e espera para 2024 R$ 697 milhões. A empresa, que já era autossuficiente em soja, projeta agora vender 60% da produção, e também aumentar o abate, de 2,3 mil para 3 mil suínos até 2025.

Planos de exportar produtos próprios

Hoje só 10% da carne suína produzida pela Nutribras é exportada, para Ásia, Leste Europeu e América do Sul. O objetivo é dobrar essa participação, com a oferta de produtos de marca própria, diz Stefanello. “Temos trabalhado em nichos de mercado na Ásia.” A empresa espera obter habilitação para a China nos próximos anos.

Em Sorriso, Mato Grosso, ficam a sede do frigorífico de suínos e a fábrica processadora de alimentos da Nutribras Foto: Divulgação/Nutribras Alimentos

Mais campo

A DigiFarmz, agtech de tecnologia para manejo de lavouras, pretende somar mais 100 mil hectares de área coberta no Brasil e no Paraguai até o fim do ano. Hoje monitora 500 mil hectares e pretende chegar a 1 milhão de hectares até o fim de 2025. Atualmente, a startup atua em soja e trigo, mas no ano que vem incluirá milho no portfólio e, até 2027, algodão, cana-de-açúcar e canola. Ricardo Balardin, diretor de estratégia, conta que a expectativa é fechar a safra 2023/24 com faturamento de US$ 350 mil e, em 2024/25, de US$ 500 mil.

Novas fronteiras

A empresa trabalha em processo de validação para operar também nos Estados Unidos a partir de 2026. A ideia é alcançar 200 mil hectares de soja, milho e trigo no Corn Belt norte-americano – os Estados de Indiana, Ohio, Iowa e Illinois e um pedaço do Michigan.

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Agro digital

Outra startup, a Bart Digital, de soluções digitais para o financiamento agrícola, projeta crescer 50% em fatia de mercado e alcançar R$ 14 bilhões em operações feitas dentro da plataforma em 2024, diz Mariana Bonora, CEO. A estratégia é fazer os clientes utilizarem mais de um dos serviços oferecidos pela empresa de Londrina (PR), que incluem digitalização de garantias e busca de dados automatizada para análise de crédito. Desde seu nascimento, há oito anos, a Bart acumula R$ 27 bilhões em transações.

Entrave

Produtores rurais e agroindústrias gaúchas enfrentam mais uma dificuldade: a emissão de nota fiscal eletrônica para transporte interestadual dos produtos, como o arroz. Praticamente todos os sistemas e serviços da Receita Estadual continuam indisponíveis. Isso porque a Procergs, companhia responsável pelos sistemas de tecnologia da informação do governo do Rio Grande do Sul, opera parcialmente desde que sua unidade foi alagada. “Além disso, permanece o problema logístico, com algumas rodovias ainda interrompidas e dificuldade na oferta de frete”, conta Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul).

Reconstrução

Nesta semana chegarão ao Rio Grande do Sul 32 máquinas da linha amarela para ajudar na recuperação de municípios. Retroescavadeiras, escavadeiras, patrolas e motoniveladoras serão entregues às prefeituras pela bancada parlamentar gaúcha. Do total de R$ 44 milhões em emendas parlamentares aprovadas para a ação, R$ 21,2 milhões em equipamentos chegarão nesta primeira fase.

Arroz pode ser importado com imposto zero

O governo federal zerou a tarifa de importação de três tipos de arroz até o fim do ano. A medida é para garantir o abastecimento do produto, segundo o Ministério da Indústria. Com isso, o governo espera que o arroz de países de fora do Mercosul chegue aqui a preços mais competitivos e ajude a evitar o aumento do custo do cereal ao consumidor final.

Ministério da Agricultura será transferido para o RS

Amanhã, o Ministério da Agricultura vai instalar um gabinete itinerante em Santa Cruz do Sul (RS). O ministro Carlos Fávaro visitará a cidade para ver a situação da agropecuária, afetada pelas enchentes, e receber demandas do setor. Os prejuízos do agro gaúcho ultrapassam R$ 2,9 bilhões./LEANDRO SILVEIRA, AUDRYN KAROLYNE e ISADORA DUARTE

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