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Bolsa tem segunda alta seguida sob o efeito de ‘parceria’ entre Lula e Meirelles

Possibilidade de ex-presidente do BC vir a exercer cargo em eventual governo animou o mercado; dólar voltou a recuar, fechando a R$ 5,15

Por Luis Eduardo Leal e Antonio Perez
Atualização:

O mercado financeiro voltou a ter um dia de ânimo nesta terça-feira, 20, ainda repercutindo a “parceria” entre o ex-presidente Lula e Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central. Nesta terça, foi aventada a possibilidade de Meirelles exercer um cargo em um eventual novo governo de Lula. Como resultado, o dólar caiu 0,25%, a R$ 5,1525, enquanto a B3 teve alta de 0,62%, aos 11.517 pontos.

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Apesar do cenário de incertezas e crise multifatorial em diversos países, economistas afastam, a curto prazo, a possibilidade de que uma recessão mundial alcance o Brasil. Operadores atribuíram a resistência do real a eventual fluxo positivo para a Bolsa doméstica.

No entanto, a questão Lula-Meirelles não foi a única razão para o dia positivo. “Por aqui, com o aporte dos recursos do Auxílio Brasil contribuindo para a recuperação do setor de serviços, além da melhora constante dos resultados da indústria e a redução da taxa de desemprego, por ora a recessão continuará fora da perspectiva, diz Acilio Marinello, coordenador do MBA de Digital Banking da Trevisan Escola de Negócios.

Lula reuniu ex-candidatos à presidência que apoiam sua candidatura em 2022 na segunda, 19. Além de Meirelles, estiveram presentes Guilherme Boulos (PSOL), Luciana Genro (PSOL), Cristovam Buarque (Cidadania), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSB), Lula (PT), Fernando Haddad (PT), e João Goulart Filho (PCdoB) Foto: Ricardo Stuckert

A agenda desta quarta-feira, 21, inclui as decisões sobre a taxa de juros no Brasil e nos EUA. Por aqui, pesquisa da BGC Liquidez mostra que a grande maioria do mercado(81%) espera manutenção da Selic a 13,75% ao ano, na decisão de amanhã do Copom, em Brasília. O restante acredita em uma alta de 0,25 ponto, para 14% ao ano.

Nos EUA, a expectativa é que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) eleve a taxa de juros para conter a persistente alta da inflação.

Ações

Grandes companhias brasileiras ajudaram a manter a B3 no terreno positivo até o fim do dia. Os bancos foram destaque. O Bradesco terminou com altas de 3,67% (ON) e 3,23% (PN), enquanto o Itaú subiu 3,32% e Santander ganhou 2,59%. O Banco do Brasil se valorizou 1,52%.

“Foi um dia típico de investimentos em empresas resilientes. E isso beneficiou os bancos, que são mais resilientes e flertam com a manutenção da taxa de juros elevada. Além disso, tem a perspectiva de redução da inadimplência para ajudar a rentabilizar seus ativos com retornos bem positivos aos acionistas”, avalia Julia Monteiro, analista da MyCap.

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