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Resultados econômicos estão aquém do desejado, mas superamos ceticismo, diz número 2 da Fazenda

Secretário-executivo da pasta, Dario Durigan afirma que governo gostaria de ajustar contas mais rápido e dar maior estímulo à indústria, mas tem sido ‘pragmático’

Foto do author Luiz Araújo

BRASÍLIA - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda e ministro em exercício, Dario Durigan, disse nesta terça-feira, 6, que os resultados econômicos do País estão aquém do que a atual gestão desejava, mas que os dados superam o ceticismo anterior à posse do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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“Gostaríamos de ajustar contas mais rápido e dar maior estímulo à indústria, mas somos pragmáticos e tomamos decisões a partir de números. Pensamos no Orçamento, no planejamento para os próximos anos”, disse ele durante o Seminário Políticas Industriais no Brasil e no Mundo na manhã desta terça na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O secretário-executivo afirmou que, apesar das dificuldades para o equilíbrio das contas públicas, há espaço para que isso ocorra. “Viam a reforma tributária como impossível e ela está aí”, citou como exemplo de que há espaço para alcançar novas medidas defendidas pela equipe do ministro Fernando Haddad.

Durigan afirmou que transição na presidência do BC tem que ser feita com responsabilidade  Foto: Washington Costa/MF

“Nos trabalhos da Fazenda não há dogma, seja econômico, político ou jurídico. Temos nossos princípios, não abrimos mão deles, mas o diálogo é sempre bem-vindo”, disse Durigan. Essa abertura ao diálogo, afirmou o ministro em exercício, tem como limite o equilíbrio das contas públicas.

“Estamos dispostos ao diálogo com o Congresso, a abrir mão da ideia inicial da Fazenda, sem nenhum problema. Em 2023 aprovamos inúmeros projetos, abrindo mão de diversas coisas, revendo posições. Não temos problemas com isso, desde que mantidas as premissas elementares”, disse.

Durigan também comentou sobre a atual taxa de juros do País, defendendo que, para se proteger do cenário externo, a transição da presidência do Banco Central, que deverá ocorrer neste ano, deve ser feita com responsabilidade. “Somos a favor da autonomia do Banco Central para garantir que não haja oposição política no banco”, disse.

Na sequência à fala de Durigan, o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo se esforça na revisão de políticas de incentivo para otimizar investimentos com foco na reindustrialização do País. “Fico feliz com o compromisso de Haddad e Lula com o arcabouço fiscal”, disse ao destacar o equilíbrio como um dos fatores necessários para retomada econômica.

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