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Indústria farmacêutica demite por causa do dólar

Por Agencia Estado
Atualização:

A indústria farmacêutica paulista, que responde por 80% da produção nacional de medicamentos, demitiu 165 trabalhadore em junho. A Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), que divulgou o dado hoje, afirma que a redução do emprego deve-se ao aumento dos custos de produção em função da alta do dólar, sem contrapartida no reajuste de preços dos medicamentos. Segundo a Febrafarma, cerca de 80% das matérias-primas usadas na fabricação dos medicamentos são importadas e representam 30% dos custos de produção. No ano passado, a indústria farmacêutica, que emprega 49 mil pessoas em todo o País (39 mil em SP), demitiu 1.500 empregados no Estado, sem reposição. O motivo foi o mesmo que causou as demissões em junho. A Febrafarma garante que, de janeiro a maio, o segmento químico conseguiu conter os cortes. "Mas, a partir de junho, com a disparada do dólar, foi impossível conter as demissões", diz nota da Febrafarma. Nesta semana, a entidade iniciou conversações com o ministro da Saúde, Barjas Negri, a fim de expor a situação do segmento e pedir aumento nos preços dos remédios. A defasagem de preços dos medicamentos já chega a 15%, segundo a Febrafarma. Não há prazo para a Câmara de Medicamentos (Camed) se pronunciar sobre a situação. A Camed é composta por representantes dos ministérios da Saúde, da Justiça e da Fazenda.

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