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Mesmo com a distribuição de dividendos, Petrobras lidera investimentos no setor, diz diretor

Sergio Caetano Leite, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da estatal, afirmou ao Broadcast/Estadão que a empresa lidera o crescimento global de investimentos no setor, ultrapassando suas congêneres, e mantém a saúde financeira preservada

Por Denise Luna (Broadcast)

RIO - Mesmo com a distribuição de dividendos bilionários, a Petrobras se mantém como maior investidora do País, afirmou ao Broadcast o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da estatal, Sergio Caetano Leite. Ele afirma que a empresa lidera o crescimento global de investimentos no setor, ultrapassando suas congêneres, e mantém a saúde financeira preservada, com uma dívida limitada a US$ 65 bilhões, patamar considerado saudável para empresas do segmento e porte da Petrobras.

Leite diz que os robustos investimentos da companhia tem impacto direto na empregabilidade no Brasil. No ano passado, a estatal dobrou o montante investido em relação ao ano anterior e atingiu US$ 21,4 bilhões, entre investimentos diretos e ativos relacionados ao arrendamento de unidades de produção, ante um montante de US$ 10,9 bilhões em 2022.

Fachada do prédio da Petrobrás, no centro do Rio de Janeiro. FOTO : Pedro Kirilos/Estadão Foto: Pedro Kirilos/Estadão

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“Em 2022, os investimentos geraram 155 mil empregos, entre diretos e indiretos. Em 2023 foram adicionados mais 27 mil pessoas no mercado de trabalho e chegamos a 180 mil. Este ano, prevemos atingir 230 mil empregos”, disse Leite.

Para 2024, a previsão é de que os investimentos diretos atinjam US$ 18,5 bilhões, fora os que normalmente não são contabilizados pelo mercado, como os arrendamentos, projetos de revitalização, mobilizações na área de logística que normalmente não entram na conta como investimentos, destaca o diretor.

“Quando a gente consegue assinar um contrato como a gente conseguiu, para estender um contrato de sonda de US$ 1 bilhão, por exemplo, é ganho de eficiência para a empresa”, explica.

A Petrobras iniciou no ano passado a produção de quatro sistemas: FPSO Anna Nery e Anita Garibaldi - projetos de revitalização de Marlim e Voador - FPSO Almirante Barroso em Búzios - atingindo capacidade nominal em menos de cinco meses - e do FPSO Sepetiba, no campo de Mero. Esses sistemas ajudaram a empresa a superar a produção de 2022 em 3,7%, para 2,78 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2023.

”E ainda tivemos o segundo maior lucro da história, acima das nossas congêneres, com o endividamento sob controle”, destaca Leite.

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Ontem, 19, a Petrobras anunciou que o Conselho de Administração vai encaminhar para a assembleia da empresa, no próximo dia 25, o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários, ou R$ 21,9 bilhões. Leite foi chamado a explicar para os conselheiros a proposta que já estava na mesa, mas que ainda não tinha sido avaliada.

De acordo com o diretor, o pagamento de metade dos proventos, com a manutenção da outra metade aguardando maior clareza sobre o mercado internacional, é a melhor opção para a companhia, diante da alta volatilidade do mercado de petróleo, afetado pelos conflitos no Oriente Médio.

O Plano Estratégico da Petrobras para o quinquênio 2024-2028 (PE 2024-28), prevê investimentos da ordem de US$ 102 bilhões nos próximos cinco anos, um crescimento de 31% em relação ao ciclo anterior. Com esse aumento de investimentos, a companhia estima a geração de 280 mil empregos diretos e indiretos em média por ano.

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