As companhias aéreas Azul e Gol informaram nesta quinta-feira, 11, que iniciaram o acordo de cooperação comercial que conecta as malhas de ambas as empresas por meio de um acordo de compartilhamento de voos. A partir de hoje, 40 rotas não sobrepostas estarão disponíveis para vendas nos canais das empresas, com previsão de adição de muitas outras ao longo das próximas semanas. O acordo foi anunciado pelas empresas no final de maio.
Nos canais de vendas da Azul, já estão disponíveis 20 itinerários operados pela Gol: entre as quais Belém-Rio Branco, Confins-São José dos Campos, Curitiba-São José dos Campos, Juazeiro do Norte-Galeão, Recife-São José dos Campos, Uruguaiana-Brasília, Viracopos-Boa Vista, Viracopos-Porto Velho, Viracopos-Rio Branco, entre outras.

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Em nota, o presidente da Azul, Abhi Shah, destaca que o codeshare (o acordo de compartilhamento) representa um crescimento exponencial da conectividade. “A parceria entre a Azul e GOL é a maneira mais rápida para fomentar as viagens aéreas dentro do Brasil”, diz.
Juntas, Azul e GOL possuem cerca de 1.500 decolagens diárias. Com o início do codeshare, mais de 2.700 oportunidades de viagens com apenas uma conexão serão criadas dentro do Brasil.
Conversas sobre fusão
A notícia vem na mesma semana em que a Gol informou que o Grupo Abra (holding formada pela empresa e pela colombiana Avianca, além de credor garantidor da companhia) está em discussões com a Azul para “explorar potenciais oportunidades relacionadas à companhia”.
Segundo comunicado ao mercado emitido na terça-feira, 9, a Gol pretende conduzir um processo competitivo por meio do qual a empresa e seus assessores avaliarão propostas de financiamento de saída da recuperação judicial, assim como transações alternativas viáveis e competitivas, incluindo oportunidades apresentadas por potenciais fontes de capital próprio e de dívida.
Conversas sobre a fusão da Gol e da Azul surgiram pouco tempo depois de a Gol entrar em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, no final de janeiro. O negócio seria baseado em uma troca de ações com a Abra. Em março, a Azul contratou dois assessores financeiros, Guggenheim Securities, do banco de investimento da Guggenheim Partners, e o Citigroup, para tocar as negociações.