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Nem toda perda é fruto de má-fé, diz Petros sobre rombo em fundo de pensão

Presidente de fundo de pensão da Petrobrás explica porque funcionários pagarão R$ 14 bi para cobrir déficit

RIO - Walter Mendes, presidente da fundação de seguridade social da Petrobras, a Petros, iniciou nesta quarta-feira, 13, uma agenda para explicar como surgiu o déficit de R$ 22,6 bilhões nas contas do fundo e qual será o plano para cobrir esse rombo. Em vídeo divulgado no site da Petros, Mendes afirma que possíveis desvios de recursos em maus investimentos são "casos graves", mas "não são as únicas e nem as principais causas do déficit do plano".

Na terça-feira, o conselho deliberativo da instituição definiu que Funcionários e aposentados da Petrobrás vão pagar por 18 anos uma conta de R$ 14 bilhões pelas perdas registradas pela Petros.

Segundo Mendes, a Petros defende que os investimentos com rentabilidade insuficiente respondem por 60% do rombo, mas que nem toda perda é fruto de má-fé. "Realizamos e ainda vamos realizar várias comissões internas de apuração para averiguar eventuais irregularidades", disse Mendes, complementando, em seguida, que a atual diretoria atua para evitar novos episódios de corrupção, como os ocorridos em gestões passadas do fundo de pensão.

Petros é um fundo de previdência fundada pela Petrobras em 1970 Foto: Fabio Motta/Estadão - 11/4/2014

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+ Funcionários vão pagar R$ 14 bi por 18 anos para cobrir rombo da Petros

O presidente da fundação destacou ainda que alguns investimentos não deram o retorno esperado por conta da conjuntura econômica. "Ações caíram, títulos públicos perderam valor de mercado, ativos de crédito das empresas sofreram com inadimplência, os preços dos imóveis e alugueis despencaram e os investimentos retrocederam. Essa conjuntura difícil atingiu não só a Petros, mas todo o mercado", afirmou.

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No vídeo, ele também argumenta que compensações financeiras são típicas desse tipo de plano, de benefício definido, em que o valor recebido na aposentadoria é determinado no momento da adesão, antes mesmo do início das contribuições que vão formar o patrimônio. "Se o valor do benefício é definido, as contribuições precisam variar ao longo do tempo para fazer frente a essas mudanças, nas condições econômicas e sociais", afirmou o presidente da Petros.

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