Setembro foi das ações. Elas encerram o mês com o melhor rendimento. Com o fechamento desta sexta-feira, 29, a Bolsa de Valores de São Paulo garantiu uma valorização acumulada de 4,88%.
Mundo esquisito esse. Não deixa de surpreender que, mesmo com nova denúncia contra o presidente Temer, a bolsa tenha batido recordes históricos de alta. A instabilidade política parece não intimidar nem inibiros investidores em ações.
Falam mais alto os sinais de alguma recuperação na economia e a confiança que o mercado deposita na atual equipe econômica. A ideia é tomar posição em ações no atual nível de preços, esperando por novas rodadas de valorização das ações.
Mas outros fatores ajudam a explicar o comportamento da bolsa, como a queda dos juros e a redução do rendimento das aplicações em renda fixa. Movimento que leva o aplicador a procurar por algo mais atraente no mercado. O aumento da procura faz subir os preços dos papeis negociados na bolsa.
Lá de fora também sopram ventos favoráveis para a bolsa. A economia mundial retoma o crescimento com mais firmeza e em ambiente de inflação e juros baixos. Na falta de destinos mais rentáveis, a fartura de dinheiro acaba buscando mercados de países que acenam com ganhos mais robustos, como o Brasil.
Na segunda posição aparece o ouro, com valorização de 0,83%. O dólar comercial obteve valorização de 0,55%. Segmento igualmente beneficiado com redução dos ganhos com os juros.
Já o desempenho das aplicações em renda fixa espelha diretamente a queda da taxa de referência da economia, a Selic, para 8,25% ao ano. Aplicações como CDB (Certificado de Depósito Bancário), caderneta de poupança e fundos de investimento, como o de renda fixa e o DI, passaram a proporcionar rendimento nominal mais baixo, e até mesmo meio tabelado.
Ao mesmo tempo, um retorno que supera a inflação, o que significa que preservam o poder aquisitivo do dinheiro ali ancorado.
Desempenho em setembro
1º - Bolsa de São Paulo 4,88%
2º - Ouro (B3) 0,83%
3º - Fundos de renda fixa entre 0,60% e 0,75%
4º - Fundos DI entre 0,55% e 0,70%
5º Dólar comercial 0,55%
5º - Caderneta entre 0,4690 e 0,50%
*Rendimento médio bruto dos fundos, de acordo com cálculo do administrador de investimentos Fabio Colombo