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Strauss-Kahn elogia política fiscal do Brasil

Por ADRIANA FERNANDES E RENATA VERÍSSIMO

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, elogiou hoje a política fiscal brasileira. Em entrevista ao lado do ministro da Fazenda, Guido Mantega, Strauss-Kahn afirmou que não vê tensão em relação à política fiscal brasileira nos próximos anos, se o Brasil cumprir o que está prometendo. O chefe do FMI disse que hoje o Brasil tem uma situação fiscal que muitos países gostariam de estar vivendo. Ao falar sobre o quadro da economia brasileira, Strauss-Kahn disse que a situação está melhor que a dos outros países não por acaso, mas por causa da adoção de políticas fiscais e monetárias acertadas, antes e depois da crise financeira internacional.Segundo ele, o Brasil tem se beneficiado também do fato de ter uma situação sólida do sistema financeiro, e pelo alto preço das commodities. Para o chefe do FMI, o crescimento da economia previsto pelo ministro Mantega, de 2% a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, é alto e que a preocupação hoje é como conseguir esse nível de expansão daqui para a frente. Ele destacou ainda que a economia da América do Sul está se comportando muito bem e que isso ocorre em parte pela liderança encabeçada pelo Brasil. "Se é bom para o Brasil é bom para a América do Sul", disse. Ele defendeu também uma maior participação do Brasil na coordenação econômica internacional.Durante a entrevista, o diretor-geral do FMI, assim como Mantega, também defendeu que a ajuda aos países em dificuldades inclua medidas para incrementar o crescimento. Os programas de ajuda na União Europeia não bastam, disse ele, ao defender o uso de parte dos recursos do fundo de estabilização econômica europeia para incrementar o crescimento econômico dos países. Ele disse que o FMI está preocupado com a velocidade diferenciada de recuperação econômica dos países, depois da saída da crise financeira. Ele explicou que na América Latina a recuperação caminha bem, os Estados Unidos também estão caminhando, mas há ainda problemas no Japão e União Europeia.

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