ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Uma queda de 30% no volume de novos projetos da Tenda em São Paulo fez a empresa cair três posições no ranking das Construtoras nesta edição do Top Imobiliário. Em 2023, a empresa diminuiu o número de apartamentos lançados (3.372 contra 4.875) e o valor geral de vendas (VGV) recuou para R$ 771 milhões. “Reduzimos lançamentos a fim de recuperar a geração de caixa com a venda das unidades em estoque”, afirma o diretor regional de São Paulo, Marcelo De Melo Buozi.
No Brasil, o desempenho operacional cresceu. No último balanço anual, a Tenda registrou aumento tanto em lançamentos (para 41 empreendimentos) quanto no total de unidades (para 15,2 mil), além da subida de 34% no VGV para R$ 3,1 bilhões. Segundo o diretor, São Paulo teve uma participação de 26% nesse resultado.
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Buozi vê “muito espaço para crescimento” com os novos parâmetros do Minha Casa Minha Vida (MCMV). “Voltamos a aumentar o número de lançamentos no Brasil, concluído o turnaround operacional e financeiro pós-pandemia”, diz.
Em relatório, no balanço de 2023, a direção da Tenda diz que foi “o ano da virada”, destacando o desafio de retomar a rentabilidade. Segundo Buozi, os novos parâmetros do programa e a inflação controlada favorecem esse cenário.
Em março deste ano, a empresa reportou lucro, o que não ocorria desde setembro de 2021.
No primeiro trimestre, a Tenda lançou 3 mil unidades. São Paulo concentrou 22% dos empreendimentos. A Tenda atua exclusivamente no MCMV. “A faixa 1 representa 60% do volume dos nossos empreendimentos”, diz Buozi, referindo-se à faixa destinada às famílias com renda de até R$ 2.640. “É um bom momento para o mercado de habitação no segmento econômico.”