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Blog dos Colégios

Opinião|Tema do Enem na prática: Colégio Rio Branco é referência em educação para surdos

São 40 anos superando desafios e colecionando vitórias na formação educacional de surdos

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Por Colégio Rio Branco
Atualização:
 Foto: Estadão

O Centro de Educação para Surdos Rio Branco (CES) e o Colégio Rio Branco, reconhecidos nacional e internacionalmente como referência na formação de crianças e jovens surdos, acolheram de forma muito positiva, o tema escolhido para a redação da prova do Enem 2017 - pela importância das temáticas de inclusão das pessoas com deficiência nas agendas políticas e sociais, especialmente nas esferas educacionais.

De acordo com dados do IBGE, cerca de 10 milhões de pessoas possuem alguma deficiência auditiva no Brasil, por isso, a necessidade de serviços e políticas públicas mais abrangentes, que sejam especialmente desenvolvidas para atender essa minoria, sejam nas escolas, universidades e outros espaços.

As estudantes surdas, Luana e Karina, que fizeram a prova do Enem 2017 Foto: Estadão

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Neste ano, o Enem também inovou ao oferecer aos surdos a possibilidade de ter acesso à prova traduzida em Libras, por meio de vídeo. "Nós optamos pela vídeo prova em Libras, o que nos ajudou bastante, já que Libras é a nossa primeira língua, então, com acessibilidade foi muito melhor. Foi um presente!", explicaram empolgadas, por meio de intérprete, as alunas surdas do 3° ano do Ensino Médio da unidade Granja Vianna do Colégio Rio Branco, Luana Silva da Costa e Karina Souza Fabiano, que realizaram o teste no último domingo.

Apesar da Língua Brasileira de Sinais representar uma importante riqueza cultural e linguística para o país, principalmente por ser reconhecida como meio legal de comunicação e expressão desde 2002, grande parcela da população não possui muitas informações sobre a realidade dos surdos no Brasil.

Sobre o tema da redação, o professor de Língua Portuguesa do Ensino Médio do Colégio Rio Branco, Rafael Moraes, acredita que como o Enem pede um texto argumentativo e dissertativo, o grande desafio para os estudantes foi definir um posicionamento e defender uma tese com bons argumentos.

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Nesse caso, por se tratar de um tema bastante específico e ao mesmo tempo amplo, o estudante teve maiores oportunidades de compensar o conjunto de ideias com uma boa finalização, fechando o texto, por exemplo, com sugestões de medidas e intervenções sociais cabíveis para a questão.

"É importante lembrar que a prova do Enem tem sempre uma função didática e o objetivo de ensinar, além de simplesmente testar. Então, é nítida a preocupação com o assunto e o desejo de mostrar a importância desse debate", explicou Rafael Moraes.

 Foto: Estadão

Como acontece a formação educacional de surdos no Rio Branco?

Crianças surdas a partir de zero ano de idade (bebês) podem ingressar no CES, passar pelas fases de estimulação do desenvolvimento e, a partir de então, cursar os  níveis escolares até o 5° ano do Ensino Fundamental.O trabalho bilíngue é todo realizado em Libras, adotada como a primeira língua no ensino e na aprendizagem, seguido da Língua Portuguesa, na modalidade escrita.

A partir do 6° ano,  já com a autoestima e a identidade surda fortalecidas, os estudantes são incluídos, em grupos, nas salas de aula junto aos alunos ouvintesdo Colégio Rio Branco - com o acompanhamento diário de tradutores intérpretes de Libras e Língua Portuguesa até a conclusão do Ensino Médio.

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O Colégio Rio Branco também oferece a possibilidade dos alunos ouvintes de todas as faixas etárias, assim como seus familiares, participarem de oficinas de Libras.

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Todo esse amplo trabalho dedicado aos estudantes surdos há mais de 40 anos, além do atendimento e suporte às suas famílias, integra um dos principais braços sociais da instituição, ao contemplar mais de 100 alunos beneficiados por bolsas de estudos, mediante análise socioeconômica.

Muitas crianças começam a estudar no CES e depois no Colégio Rio Branco, tendo como opção, ainda, completar seus estudos nas Faculdades Integradas Rio Branco.

A valorização da cultura surda, o respeito à diversidade sociocultural e linguística da minoria surda fazem parte do principal projeto de inclusão da instituição. É uma de suas marcas e está na natureza do seu dia a dia, sendo um grande orgulho, já que alunos, educadores e colaboradores convivem harmoniosamente, aprendendo juntos e mutuamente.

O Centro de Educação para Surdos Rio Branco foi criado em 1977, pela Fundação de Rotarianos de São Paulo e conta com uma equipe altamente qualificada de profissionais e educadores, surdos e ouvintes, fluentes em Língua Portuguesa e na Língua Brasileira de Sinais.

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Recentemente, o CES lançou a campanha "Mãos Fazendo História", na qual a instituição está aberta para receber voluntários e doações para a ampliação e continuidade dos trabalhos de excelência nesta importante área da educação.

Mais informações: www.ces.org.br