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Blog dos Colégios

Olhar científico para projetos de Iniciação Científica no Sidarta

Coordenadora da área conta como vem implantando na escola um trabalho pioneiro com conceitos inovadores de projetos mão na massa

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Por Cris Marangon
Atualização:

por Carolina Santacruz Perez*

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Em anos recentes, todos têm sido muito estimulados por uma quantidade de informação dificilmente processável em tempo real. Tornamo-nos emissores massivos de informação sem que a sua qualidade seja precisa. Ao mesmo tempo, as problemáticas sociais contemporâneas demostram um processo de transformação acelerado em relação aos nossos costumes e necessidades devido à iminente vivência de uma nova revolução: a era tecnológica.

Se os nossos problemas também mudaram, como estamos nos preparando para lidar de forma mais assertiva com essas transformações? Somos convidados a refletir mais profundamente a respeito de temas, como sustentabilidade, inteligência artificial, robótica, internet, engenharia genética, inovações nas áreas de transporte, infraestrutura e comunicação. Para os adultos, essas tendências aparecem de forma iminente como parte das nossas vidas sem muitas chances para refletir sobre implicações, consequências e legislação. Mas, para as crianças, significam uma grande porta que se abre para projetá-las às profissões que virão a exercer no futuro.

A ciência e a tecnologia modernas estão cada vez mais próximas da sociedade e preocupadas em resolver de forma mais prática e, de preferência, economicamente viável, as nossas necessidades mais complexas. Dessa maneira, adquirir desde tenra idade a lógica do pensamento científico promete ser uma ferramenta que facilite o desenvolvimento das crianças frente aos desafios da era tecnológica no âmbito profissional e pessoal.

 Foto: Estadão

Formação do pensamento científico

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Desde 2015, o Sidarta tem espaço exclusivo para o desenvolvimento de projetos em que o propósito principal é a interação com materiais e ferramentas que permitam a aproximação do aluno com o conhecimento pela experimentação. A efetiva construção de protótipos permite a aquisição de grandes experiências que motivam cada vez mais os trabalhos desenvolvidos nesse espaço.

É com o desejo de orientar o processo de experimentação nos espaços mão na massa que nasce a proposta da Brains, uma startup que pretende levar para escolas como o Sidarta um programa de iniciação científica multidisciplinar. Para isso, as crianças são convidadas a participar de debates configurados em módulos sobre os seguintes temas: inovação e inteligência artificial; sustentabilidade; medicina e genética; engenharia e robótica; projetos sociais; gastronomia; meditação; e business.

Durante os debates, problemáticas globais são identificadas e grupos de pesquisa são formados para desenvolver uma solução para elas. Parte da solução implica a construção de um protótipo utilizando as ferramentas disponíveis nos espaços mão na massa. O processo de pesquisa requer o envolvimento dos professores para orientar projetos, fortalecendo uma comunidade científica dentro da escola.

Como parte dos debates, são realizadas palestras de especialistas para aumentar o contato dos alunos com as temáticas propostas. Os mesmos palestrantes são convidados a colaborar nos projetos de temas relacionados. Finalmente, os resultados obtidos ao longo do programa são apresentados em um evento institucional que permite a exploração das artes como veículo de exibição das descobertas, aplicando os princípios da educação Steam (Science, Technology, Engineering, Arts e Mathematics - em português Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática).

Do ponto de vista científico, acreditamos que um processo de descoberta orientado por cientistas e com um importante componente motivacional, tem potencial de fazer dos espaços mão na massa, lugares de formação de pensamento e não de repetição de protocolos. Pretendemos conscientizar as crianças sobre a importância do trabalho em equipe, despertar nelas o desejo de gerar soluções para ajudar pessoas e contribuir com o trabalho pelo futuro do planeta.

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Propomos atingir a otimização da utilização dos recursos para pesquisa além do método científico como ferramentas para atingir os nossos objetivos. Esperamos que essa aproximação à vida do cientista contribua com valores, como perseverança, disciplina e autonomia, preparando-os para os desafios que elas vão enfrentar no futuro e que contribuem para a formação de sociedades mais conscientes e proativas.

*Coordenadora de Iniciação Científica do Colégio Sidarta, em Cotia, SP

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