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Pós-Graduação em Educação tem como meta ‘vacinar’ contra fake news e negacionismo

Unesp já formou mais de 600 mestres e doutores em seus 19 grupos de pesquisa

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Por Ocimara Balmant e Alex Gomes

Em 25 anos de existência, o Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência da Faculdade de Ciências do câmpus de Bauru da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) já formou mais de 600 mestres e doutores em seus 19 grupos de pesquisa.

Um dos fundadores do programa, o professor Roberto Nardi conta que parte dos matriculados nos mestrados e doutorados é composta por professores da educação básica. A maioria deles, porém, ao defender a dissertação ou a tese, acaba rumando para atuar no ensino superior. “Existe uma demanda muito grande por esses profissionais, principalmente pelas instituições privadas de ensino, que precisam de mestres e doutores para conseguir credenciar os seus cursos.”

Roberto Nardi é dos fundadores do programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência da Faculdade de Ciências da Unesp Foto: Acervo Pessoal

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Mudar esse cenário depende de uma política de valorização do professor da educação básica, com salários mais atrativos e plano de carreira. “Nós, na universidade, estamos fazendo nosso trabalho muito bem. Mas não conseguimos dar conta de outras instâncias. As secretarias estaduais e municipais poderiam ter concursos frequentes e carreiras condizentes com a importância que o professor do ensino básico tem na sociedade.”

No banco de dissertações e teses do programa, há trabalhos que contemplam o ensino de ciências desde a educação infantil, passando pelos ensinos fundamental e médio. “Quando o professor consegue trabalhar as questões ligadas à ciência desde a infância, evita que outras formas de conhecimento, como o senso comum ou as fake news, ganhem terreno. Uma criança que tem acesso à educação científica fica preparada para discernir os diferentes tipos de informação que recebe. Não cai em nenhuma teoria sobre Terra plana ou ineficácia de vacinas.”

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