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Pilhado em design

Felipe Protti chama a atenção com móveis inspirados nos anos 60 - e na estética de traço orgânico e futurista

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Por Redação
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Aos olhos de Felipe Protti, tudo é design. Seja o que for, o paulistano de 29 anos observa atentamente. Desse estudo visual brotam idéias para um sofá, uma poltrona - ou mesmo, o projeto de um restaurante ou uma loja. "Amo design", revela Felipe, que cursou arquitetura por influência de um diretor de filmes publicitários. "Ele me disse que a arquitetura ensinava a materializar idéias e a transformar um ambiente", lembra. Foto: Divulgação Da sugestão nasceu um profissional tão interessado em criar e mudar espaços que, dois meses após começar o estágio numa produtora - ainda em meio aos estudos de arquitetura -, passou a primeiro-assistente do diretor. "Era pilhado, fazia de tudo. Até móveis para os anúncios aprendi a construir com o pessoal da marcenaria", conta, explicando a verve por desenhar mobiliário. Primeiro, as peças complementavam lojas de roupas em São Paulo; depois, um restaurante em Nova York, cidade onde morou por seis meses. Hoje, os móveis de Felipe integram o seleto estoque da Micasa. "Fiquei amigo do Houssein (Jarouche, proprietário da Micasa) e ele me estimulou a criar mobiliário", conta o designer. Desde o ano passado, o catálogo da loja inclui seis peças de Protti, entre poltrona, espelho, sofá e mesas. Apesar de ter "fases", ele confessa certa preferência pela estética dos anos 60 e o design de visão futurista e orgânica. Essa admiração se reflete no sofá Crab - bem parecido com móveis da família Jetsons (R$ 17.605) - e a mesa Thormijo (R$ 3.975), que reproduz, em MDF, o desenho de um cobogó (elemento vazado de cerâmica muito usado em paredes divisórias, nas décadas 50 e 60, no Brasil). O trabalho com publicidade também o influenciou. "Adaptei técnicas de cenografia à arquitetura e isso me ajudou nos projetos comerciais, em que o apelo visual conta muito", diz ele, que começou a criar móveis modulares encaixáveis para facilitar a exposição e o armazenamento nas lojas. O apreço pelo encaixe se transformou em estilo, já que seus móveis abusam desse sistema de finalização. "Dá bom acabamento e valoriza a peça", opina Felipe. Às vezes ele até abre mão do conforto em benefício do visual, como o sofá Crab. Entre os materiais escolhidos, laminado liso e estampado, MDF, compensado naval, couro ecológico e madeira certificada. "A sacada é misturar o caro com o barato e explorar essas diferenças no acabamento, na junção entre as matérias-primas", avalia.

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