PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Dicas e curiosidades sobre animais

Roubo e sequestro de cachorro: como não passar por isso?

Aumentam os casos de cães roubados e sequestrados. Pequenos cuidados podem dificultar a ação de pessoas de má fé.

PUBLICIDADE

Foto do author Luiza  Cervenka
Por Luiza Cervenka

Cães de raças pequenas são os principais alvos de roubo - Liz Randall/Creative Commons Foto: Estadão

Não é incomum eu ir atender um cachorro e o tutor relatar que não passeia com seu pet por medo dele ser roubado. Em situações como essa, a informação e compreensão de como são os casos de roubo são fundamentais para evitar a ocorrência.

PUBLICIDADE

Não há uma estatística sobre roubos durante a pandemia. Mas um levantamento feito em 2019 pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, apontou que os casos aumentaram 110,8% entre 2017 e 2018 na cidade (137 casos contra 65 no ano anterior). Os alvos são principalmente os pets de raça de pequeno porte como Lhasa Apso, Buldogue Francês, Pug, Yorkshire, Lulu da Pomerânia (Sptitz Alemão) e Shih Tzu.

Como acontecem os roubos e sequestros de cães

Quando pensamos em roubo ou sequestro, imaginamos alguém armado vindo tirar o cão dos nossos braços. Todavia, dificilmente isso acontece. Isso porque não é possível prever a reação do cão, caso isso ocorra. Ele pode inclusive tentar avançar no assaltando inviabilizando a obtenção do cão.

O caso mais comum é por desatenção do tutor. Uma pessoa se aproxima de forma calma e inicia algumas perguntas: "qual a idade?", "é castrado?", "é uma raça cara?", "quanto você pagou no filhote". Em seguida, a pessoa pode pedir para tirar uma foto com o cão, pegá-lo no colo, dar o celular dela para você e simplesmente sair correndo com o cachorro. Outra situação comum é, após fazer as mesmas perguntas, a pessoa se abaixar, fazer carinho no cão e soltar a guia sem que o tutor perceba. Assim, fica mais fácil de sair correndo com o animal, sem que haja tempo para o tutor agir.

Publicidade

Há outras quatro situações que também podem ocorrer o roubo do cão.

1- Deixar o animal preso na porta de estabelecimentos, mesmo que haja supervisão de uma pessoa, pode facilitar a ação de pessoas má intencionadas. Por isso, nunca deixe o cão preso na porta da farmácia, padaria, mercado, etc.

2 - Cães que ficam o tempo todo na garagem da casa, mesmo com portão fechado, são alvos fáceis para criminosos. O ideal é permitir que o cão fique somente um tempo na área externa, para brincar ou tomar sol. De preferência, com supervisão.

3 - Permitir que o cão passeio sozinho, sem coleira, e, muitas vezes, sem supervisão. Basta oferecer uma comida gostosa para o cão perder o foco do passeio e seguir um desconhecido. Por isso, só passeie com seu cão na coleira.

4 - O caso mais angustiante, que, muitas vezes, a intenção nem é roubar ou sequestrar o cão, acontece quando há o roubo do carro e o cachorro está dentro do veículo. Sem tempo para pegar o animal, o assaltante leva o veículo e o cão.

Publicidade

Foi o que aconteceu com uma usuária do aplicativo YellowCam, tutora da Samanta, um cão da raça pug. O animal passou cerca de 24h em posse dos criminosos. O rapto ocorreu enquanto elas estavam em um carro estacionado na rua e foram rendidas pelos sequestradores, que estavam armados, levando o carro e Samanta.

O registro das câmeras da empresa, instalados em um condomínio do bairro, registrou a fuga dos veículos e possibilitou que a polícia chegasse até os criminosos e resgatasse o pet.

"A sensação de insegurança quando o nosso cãozinho foi sequestrado com o carro foi imensa, o desespero tomou conta de nós. A surpresa foi a rápida recuperação do nosso pet por conta das imagens em alta resolução registradas. A Polícia identificou os carros e conseguiu atuar com precisão", diz a tutora, que prefere não se identificar.

[veja_tambem]

O que fazer para não ter o cachorro roubado

Publicidade

Pequenos cuidados podem ser decisivos para o bem-estar do cão - smlp.co.uk/Creative Commons Foto: Estadão

Deixar de passear ou sair com o cão não irá resolver. Apenas irá privar o animal de se exercitar e executar comportamentos necessários, como cheirar a rua e fazer suas necessidades. A grande questão é estar o tempo todo atento. Aqui vão algumas dicas:

  • Aproveite o isolamento social e não permita que pessoas estranhas passem a mão no cão;
  • Não responda perguntas sobre castração, idade e valores;
  • Não solte a guia do seu cão enquanto estiver passeando na rua;
  • Passeie com seu pet prestando atenção nele. Não fique mexendo no celular ou conversando com outra pessoa;
  • Não deixe o cão preso sozinho sem sua supervisão;
  • Mantenha sempre a identificação no pet e microchip. Isso não irá evitar o roubo, mas pode ajudar a encontra-lo, caso o pior aconteça;
  • Se perceber alguma movimentação estranha, volte para casa.

O nosso medo de perder o cão não pode ser maior do que o cuidado e investimento no bem-estar dele. O passeio faz parte da garantia de qualidade de vida do animal.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.