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Informações da nobre arte

Uma derrota por pontos não significa que houve um roubo. Ainda mais no boxe

Ao contrário da ginástica e dos saltos ornamentais, por exemplo, a nobre arte não possui um plano de voo pra os jurados

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Muita gente não concordou com o resultado da luta entre Beatriz Ferreira e a irlandesa Kellie Annie Harrington na final olímpica dos pesos leves (até 60 kg). Isso é normal quando temos uma decisão por pontos no boxe. Ainda mais nos duelos olímpicos.

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Ao contrário da ginástica e dos saltos ornamentais, por exemplo, a nobre arte não possui um 'plano de voo' pra os jurados. Os ginastas e o saltadores apresentam, antes de suas apresentações, uma nota de partida, baseada nos elementos que serão feitos. Com isso, os jurados dão as notas. Da mesma forma nos saltos.

No boxe é mais complicado, pois não existem movimentos prévios. Cada lutador realiza centenas de ataques e defesas nos nove minutos previstos para serem disputados. Por isso, são comuns em lutas muito equilibradas veredictos com um jurado dando 30 a 27 para um boxeador e outro jurado dando o mesmo placar, mas para o outro pugilista.

Lógico que existem os resultados absurdos como o da final de 1988, em Seul, quando Roy Jones Jr foi (aí sim) 'roubado' diante do lutador da casa.  Por causa disso, várias formas já foram adotadas para se tentar acertar ao máximo nos duelos.

Utilizou-se o computador para somar os golpes efetivamente acertados, mas nem assim existiu um consenso entre os jurados, que apertavam botões a cada ataque considerado efetivo. No tae kwon do, usa-se um chip no peito dos atletas, semelhante ao da esgrima, mas o número de golpes aplicados no boxe são muito maiores, o que prejudica a utilização deste expediente.

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O combate de Bia x Harrington entra para as eternas discussões como as Esquiva Falcão x Ryota Murata, em Londres-2012 ou de Manny Pacquiao x Floyd Mayweather, em 2015. Mas quando a própria brasileira e sua comissão técnica não contestam o resultado, não há motivo para alimentar nenhum tipo de polêmica.

 

 

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