Isso porque, na quarta-feira, a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) admitiu não punir atletas que tenham apresentado baixa concentração de Meldonium em seus exames antidoping realizados antes de 1.º de março. A substância só se tornou proibida em 1.º de janeiro e a maioria dos atletas que tiveram resultados adversos alegam que deixaram de consumir o medicamento no ano passado, ainda que resquícios tenham permanecido em seus organismos.
É essa também a alegação de Efimova, um dos principais nomes do nado peito na atualidade, que foi flagrada em quatro exames antidoping diferentes, sempre por Meldonium. O problema é que dos exames dela foram feitos após 1.º de março.
Em comunicado publicado neste sábado, a Fina informou que mantém a suspensão provisória de Efimova até ela ser ouvida pelo painel antidoping da federação. A nadadora corre o risco de ser banida para o resto da vida, uma vez que é reincidente - cumpriu 16 meses de suspensão após falhar no doping em 2013.
Efimova é a atual campeã mundial dos 100m peito e ganhou o bronze nos 200m peito nos Jogos Olímpicos de Londres. Nos 50m peito, ela faturou duas medalhas de ouro e uma de bronze nas últimas três edições do Mundial.
Apesar de ficar fora da seletiva russa, não é possível cravar que ela não disputará os Jogos Olímpicos do Rio. Exceção à suspensão, Efimova cumpre os requisitos para ser inscrita na Olimpíada, uma vez que já atingiu o índice exigido pela Fina. Ela só não cumpriria os critérios de convocação da federação russa de natação, mas isso pode ser contornado se de interesse dos russos.