PUBLICIDADE

Superioridade inegável do Santos

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

O melhor time ganhou a decisão do Campeonato Paulista, e é bem provável que até os corintianos, mesmo sentindo a inevitável dor da derrota, reconheçam isso. O Corinthians, aliás, pode se sentir orgulhoso por ter se mantido com chance de ser campeão até o fim.

PUBLICIDADE

O primeiro tempo escancarou a superioridade santista. Os visitantes começaram a partida usando bem sua arma mais forte, a marcação poderosa. Mas o efeito dessa arma durou pouco. À medida em que os minutos iam passando, e a tensão ia se dissipando, o Peixe foi impondo a sua lei. À base de toques rápidos e precisos, típicos de uma equipe que tem vários jogadores talentosos, os donos da casa foram abrindo buracos na defesa rival. Assim Arouca abriu o placar e assim o time santista criou mais algumas oportunidades claras para matar o adversário logo na primeira etapa. E isso só não aconteceu porque faltou capricho na hora de colocara a bola para dentro.

Não foi por acaso que as duas únicas chances de gol que o Corinthians teve no primeiro tempo aconteceram em um chute de fora da área e em um cruzamento feito na cobrança de uma falta. Quando uma equipe só consegue ameaçar a outra chutando de longe ou usando as jogadas de bola parada, é porque lhe falta criatividade.

Bruno César não funcionou ontem, como não vinha funcionando havia muito tempo. Jorge Henrique e Dentinho (principalmente Dentinho) estão longe do tempo em que infernizavam as defesas adversárias e os volantes corintianos não têm qualidade técnica para colocar os atacantes na cara do gol. Sendo assim, Liedson ficou correndo de um lado do ataque para o outro sem tocar na bola.

O cenário mudou no segundo tempo, mas não exatamente por méritos do Corinthians. O Santos adotou uma postura exageradamente defensiva e é difícil avaliar se isso aconteceu por causa do desejo de conservar o 1 a 0 até o fim ou por puro cansaço, já que o mundo todo sabe que a equipe está cumprindo uma agenda de jogos bastante desgastante e precisa aproveitar qualquer oportunidade para se poupar. O mais provável é que o recuo santista tenha sido causado por uma mistura dos dois fatores, o cansaço e o medo de levar o gol de empate.

Publicidade

E o que fez o Corinthians ao ver o rival encastelado em seu campo de defesa? Muito pouco. Os alvinegros da Capital moviam a bola para lá e para cá, mas um passe errado sempre estragava a jogada. Quando tentavam um cruzamento para a área, a defesa santista mandava a bola para longe. Isso quando ela chegava à área.

O segundo tempo da decisão não foi exatamente uma aula de futebol. Muito pelo contrário. Em campo estavam um time bastante talentoso, mas que não queria jogar, e outro que queria desesperadamente jogar, mas não sabia muito bem como fazer isso. As falhas dos goleiros serviram para dar um pouco mais de emoção ao jogo, afinal de contas uma decisão de campeonato precisa de emoção, mas elas não mudaram muito a história da partida.

Tudo o que a torcida santista quer agora é que o esforço feito ontem não atrapalhe a equipe na quarta-feira, dia do jogo de volta contra o Once Caldas, pelas quartas de final da Libertadores. Uma baixa importante já foi registrada ontem, a do lateral direito Jonathan.

E tudo o que os corintianos querem é ver no Brasileirão um time mais criativo, o que talvez aconteça com a chegada de Alex. O problema é que ele só poderá jogar em agosto e até lá...

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.