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Williams arrasa a Ferrari em treino

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Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor-técnico da Ferrari, Ross Brawn, terá de encontrar uma saída para o treino que definirá neste sábado o grid do GP da Alemanha e, principalmente, domingo, ao longo das 67 voltas da prova, 12ª da temporada. Nesta sexta-feira, na pré-classificação, a Williams impôs um resultado à equipe italiana como há muito tempo não se via na Fórmula 1. Ralf Schumacher, do time inglês, o mais rápido do dia, foi um segundo e 29 milésimos melhor que o irmão, Michael Schumacher, da Ferrari, apenas o nono colocado. "Do jeito que as coisas estão hoje lutaremos apenas por um lugar na terceira fila do grid", afirmou Rubens Barrichello, também da Ferrari, oitavo, o melhor dentre os pilotos com pneus Bridgestone. A Michelin dominou a sessão de pré-classificação. Às vezes, na Fórmula 1, a condição do asfalto, a temperatura ambiente, o acerto do carro tudo muda, e até o piloto acerta a mão de tal forma que o que parecia impossível acaba por tornar-se realidade. Pois é nisso que Michael Schumacher e Rubens Barrichello têm de apegar, e trabalhar muito, para evitar nova dobradinha da Williams, o que seria muito interessante para o campeonato. Nesta sexta Ralf ficou em primeiro e Juan Pablo Montoya, o companheiro, em segundo, com fôlego para repetirem a hegemonia demonstrada nos GPs da Europa e da França, quando não deram chance a seus adversários. "Estou surpreso com a simplicidade com que meu carro permitiu fazer a volta mais veloz", disse Ralf. "O forte calor está ajudando ainda mais nosso já competitivo pacote técnico." A temperatura na hora na pré-classificação era de 31 graus. Montoya justificou o segundo tempo, a 246 milésimos de Ralf, com um erro. "Brequei bem antes do que poderia no hairpin." Já o engenheiro-chefe de pista, Sam Michael, lembrou que a Williams está estreando no GP da Alemanha uma série nova de pequenas mudanças aerodinâmicas, estudadas pela ex-técnica da Ferrari, Antonia Terzi. Como prova de que a Michelin desenvolveu um pneu que se adaptou muito bem aos 4.574 metros de Hockenheim, ao menos para os treinos, Jarno Trulli, da Renault, obteve o terceiro tempo, quase meio segundo na frente de Michael Schumacher. "Este pode ser um grande fim de semana para a Renault. O carro está ótimo", disse o italiano. Ross Brawn classificou o resultado desta sexta como um dos mais difíceis dos últimos anos para a Ferrari. O pior é que do lado da equipe, a possibilidade de melhora é pequena. "Podemos encontrar ajustes um pouco melhores, mas não muito." O engenheiro inglês não pode citar nominalmente que a razão principal de Schumacher e Rubinho ficarem um segundo atrás da Williams é a maior eficiência dos pneus dos concorrentes. Michael Schumacher comentou que para a corrida a vantagem da Williams, Renault e McLaren, sexta ontem com Kimi Raikkonen, não será tão grande. "Completei séries longas de voltas no treino da manhã e compreendi que eles são rápidos em uma volta lançada, enquanto nós temos mais consistência ao longo de várias voltas." Rubinho também apurou o mesmo, porém lembrou que se largar muito para trás no grid irá ocorrer o mesmo de Mônaco, quando tinha um carro veloz na corrida, mas não passava ninguém. "Será fundamental largarmos mais para a frente no grid, aqui é bastante difícil ultrapassar." As explicações dos dois pilotos da Ferrari dão a entender que eles podem classificar-se hoje com menos gasolina que Williams, Renault e McLaren, a fim de compensar a diferença de desempenho, em uma volta lançada, entre o pneu Bridgestone da Ferrari e o Michelin dos outros três. Cristiano da Matta, da Toyota, ficou em 15º.

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