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Haddad não disse que País ficará sem dinheiro para pagar funcionalismo público a partir de junho

Não há registro de suposta declaração, que vem sendo compartilhada em redes sociais; governo afirma que orçamento para pagamento de pessoal não está comprometido

Por Bernardo Costa
Atualização:

O que estão compartilhando: mensagem que diz que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o País não terá dinheiro para pagar o funcionalismo público a partir de junho, e que os militares serão os primeiros a fica sem soldo.

O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é falso. Não há registro da suposta declaração de Haddad. Os pronunciamentos recentes do ministro da Fazenda demonstram otimismo em relação ao crescimento da economia. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) afirmou que orçamento para manutenção da força de trabalho na administração pública federal não está comprometido e não há risco de o funcionalismo público ficar sem pagamento.

Captura de tela da postagem verificada Foto: Reprodução/X

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Saiba mais: As informações oficiais demonstram o contrário do que é afirmado na postagem falsa: em nota enviada ao Estadão Verifica, o MGI afirmou que “não há risco de o funcionalismo público ficar sem salário e os militares sem soldo” e que o pagamento de pessoal é uma despesa obrigatória da União.

“O orçamento do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) para suas iniciativas estratégicas, como a manutenção, a recomposição e a valorização da força de trabalho na Administração Pública Federal, não está comprometido. A recuperação da capacidade de atuação do governo em suas políticas públicas é pauta prioritária do MGI”, diz trecho da nota.

Ministro prevê crescimento da economia

Em declarações recentes, a perspectiva informada pelo ministro da Fazenda é de crescimento econômico. No dia 26, Haddad declarou, em evento no Palácio do Planalto, que “talvez a área econômica já tenha que rever previsões modestas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)”.

No dia seguinte, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o ministro disse que a projeção da pasta para 2024 é de crescimento do PIB acima 2,5%, índice superior ao que o Ministério da Fazenda havia projetado no fim de janeiro, de 2,2. Na ocasião, Haddad comentou que acredita que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pode revisar o crescimento do PIB em 2023 para 3% – no dia 1º de março, o IBGE divulgou que o PIB cresceu 2,9% em 2023.

A projeção do Banco Central (BC) é mais modesta, mas ainda aponta crescimento do PIB em 2024. No dia 28, o BC aumentou a estimativa de crescimento do PIB de 1,7% para 1,9%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um País. Quanto maior é o índice, maior é a renda do País, o que reflete também na oferta de trabalho.

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No dia 27, o Ministério do Trabalho divulgou que foram gerados 306.111 postos de trabalho formal no Brasil em fevereiro. O saldo é o melhor resultado para o mês desde 2022. No acumulado deste ano, foram criadas 474.614 de vagas de trabalho com carteira assinada.

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