O que estão compartilhando: vídeo de batalhão fazendo exercícios ao ar livre enquanto cantam contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O áudio do vídeo foi adulterado. O Estadão Verifica identificou que o vídeo pertence a uma atividade do curso de formação e habilitação da Polícia Militar de Pernambuco em 2019. A peça original está disponível no YouTube. Já o áudio pertence a uma manifestação que aconteceu em Brasília em 2020.
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Saiba mais: Vídeo compartilhado na rede social X (antigo Twitter) mostra um grupo de militares correndo em uma rua pública e cantando contra o STF. A legenda da publicação diz: “e aí Xandão (em referência a Alexandre de Moraes) vai prender o batalhão inteiro?”. Até a publicação desta checagem, o post tinha 388 mil visualizações e 23 mil curtidas.
Por meio de busca reversa de imagens (veja aqui como fazer), foi possível identificar que o vídeo original foi publicado em 2019, e trata-se de uma etapa do curso de formação e habilitação de praças da Polícia Militar de Pernambuco. Enquanto correm, eles entoam uma canção militar chamada “espíritos da guerra”, e não fazem qualquer menção ao ministro. Veja abaixo:
A descrição do vídeo informa que as imagens foram gravadas no Bairro Cavaleiro, em Pernambuco, a localização foi confirmada através do Google Street View.
Já o áudio que foi adicionado ao conteúdo aqui checado foi encontrado em vídeo de manifestação em uma página de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Uma pesquisa por trechos da canção no Google resultaram no conteúdo, que foi publicado em 2020 no Facebook. As imagens mostram pessoas entoando o grito de guerra, muitas vestindo verde e amarelo e bandeiras do Brasil. Ao fundo, é possível ver o Palácio do Planalto. Assista:
A mesma montagem já foi feita com vídeos de militares da Polícia Rodoviária Federal (PRF). UOL Confere, Fato ou Fake e Lupa desmentiram o conteúdo.
Como lidar com postagens do tipo: Conteúdos que possuem áudios alterados são mais difíceis de reconhecer como verdadeiros ou falsos. Ao encontrar uma postagem viral que parece suspeita, realizar uma pesquisa no Google pode ajudar a verificar a autenticidade do vídeo. O Estadão Verifica possui um guia para realizar a busca reversa de imagens, que também pode ser útil para verificar vídeos. Você também pode enviar conteúdos suspeitos para o nosso WhatsApp (11) 97683-7490.
Esse conteúdo também foi checado pela AFP.