Após ataque contra embaixada, Israel segue em alerta e se prepara para possível retaliação do Irã

Teerã prometeu vingança após um ataque contra a embaixada do país na Síria, que matou vários integrantes do Exército do país; Israel não assumiu a autoria dos ataques

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Por Aaron Boxerman (The New York Times)

Os israelenses se questionam quando e como o Irã irá responder a um ataque à embaixada iraniana na Síria que matou vários comandantes do país nesta semana. Teerã culpou Tel-Aviv e prometeu vingança. Apesar de não admitir a culpa, Israel colocou toda a sua estrutura militar em alerta máximo.

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Mesmo sem assumir publicamente a autoria do ataque, vários comandantes e oficiais confirmaram o envolvimento israelense ao The New York Times.

O ataque ao prédio da embaixada iraniana em Damasco na segunda-feira, 1.º, matou o general Mohammad Reza Zahedi, um alto comandante da Força Quds do Irã, e vários outros comandantes e oficiais superiores. Quase imediatamente, os líderes do Irã prometeram que o ataque não ficaria impune, uma ameaça que foi reiterada em um funeral de vários dos comandantes, na sexta-feira, 5, em Teerã.

Um iraniano carrega uma bandeira da Palestina no funeral de sete membros da Guarda Revolucionária do Irã  Foto: Abedin Taherkenareh / EFE

“Nossos bravos homens punirão o regime sionista”, disse o general Hossein Salami, comandante-chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã. “Advertimos que nenhum ato de qualquer inimigo contra o nosso sistema sagrado ficará sem resposta, e a arte da nação iraniana é quebrar o poder dos impérios.”

Retaliação

Autoridades dos EUA em Washington e no Oriente Médio disseram na sexta-feira que estavam se preparando para uma possível retaliação iraniana. Na quinta-feira, o ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, realizou uma “avaliação situacional multifrontal” em conjunto com os chefes de segurança de Israel, de acordo com o seu gabinete.

Os analistas alertaram que, embora ambos os lados queiram provavelmente evitar uma guerra total envolvendo o Irã, qualquer erro de cálculo poderá levar a uma escalada mais ampla. Israel tem enfrentado grupos apoiados pelo Irã há meses, particularmente a milícia radical xiita Hezbollah e o grupo terrorista Hamas.

Soldados israelenses operam dentro da Faixa de Gaza  Foto: Avishag Shaar-Yashuv / NYT

Os militares israelenses disseram na semana passada que embaralharam os sinais de GPS “para neutralizar ameaças”, sem dar mais detalhes. O bloqueio prejudicou as viagens de israelenses. Segundo relatos, o GPS mostrava que eles estavam no vizinho Líbano.

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Além disso, soldados de combate israelenses que esperavam ter folga no fim de semana receberam ordens de permanecer destacados, segundo os militares israelenses, e unidades de reserva adicionais foram convocadas para reforçar o sistema de defesa aérea de Israel.

“Aumentamos a prontidão das unidades de combate conforme necessário; reforçamos os nossos sistemas de defesa; e temos aviões prontos para a defesa e preparados para atuar em diversos cenários”, disse o principal porta-voz dos militares israelenses, Daniel Hagari, na quinta-feira.

Em Jerusalém, o mês sagrado muçulmano do Ramadã parecia estar terminando sem grandes violências, apesar das preocupações anteriores entre as autoridades palestinas e israelenses de que as tensões pudessem aumentar durante o período. O Ramadã termina na próxima terça-feira, 9.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

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