Democratas vencem no Arizona e ficam próximos de conquistar maioria no Senado dos EUA

Partido de Biden fica a uma vitória de garantir 50 senadores e continuar com a maioria; disputas em Nevada e Geórgia definirão resultado

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Por Redação
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Os democratas venceram a disputa no Arizona neste sábado, 12, e se aproximaram da conquista da maioria do Senado dos Estados Unidos. Segundo a projeção da Associated Press, o senador Mark Kelly venceu o republicano Blake Masters, apoiado pelo ex-presidente Donald Trump, no Estado e o partido chegou a 49 senadores – um a menos do que o necessário para ter a maioria da casa.

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Kelly, visto como um dos candidatos mais vulneráveis do partido, contou com o apoio de democratas nacionais e de alguns republicanos do estado que abriram mão da disputa, com o argumento de que a vitória democrata seria necessária para defender a democracia americana. Com 83% dos votos contados, ele aparece à frente de Masters por 5,7 pontos percentuais.

Duas disputas ainda estão em aberto e com chances de acabar com vitória democrata, garantindo a manutenção da maioria democrata no Senado: Nevada e Geórgia. Em Nevada, a senadora Catherine Cortez Masto, democrata e primeira latina eleita para o Senado, está atrás do republicano Adam Laxalt, um ex-procurador-geral do Estado, mas a diferença diminui cada vez mais.

Imagem do dia 1º de dezembro de 2021 mostra senador Mark Kelly (democrata) em apresentação da vice-presidente Kamala Harris, durante a primeira reunião da administração Biden, em Washington Foto: JiM Watson / AFP

Desde que as cédulas dos correios começaram a ser contadas em Cortez Masto, a democrata passou a receber a proporção de dois votos para um do republicano. O resultado deve ser definido com os votos do Condado de Clark, que inclui a cidade de Las Vegas, conhecida por ser um reduto democrata.

Na Geórgia, o senador democrata Raphael Warnock foi para o segundo turno com o republicano Herschel Walker, uma lenda do futebol universitário e apoiado por Donald Trump, marcado para o dia 6 de dezembro.

Há dois anos, o controle do Senado também foi decidido na Geórgia, com duas vitórias em segundo turno dando o controle da Câmara Alta do Congresso aos democratas.

Caso os democratas vençam em Nevada, ficam com metade das cadeiras no Senado e com o voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris, que garante a governabilidade. Os republicanos também possuem 49 cadeiras, mas precisam de duas vitórias para ter a maioria por não estarem no governo.

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Junto com a Pensilvânia, o Arizona se vê agora no meio de intensas campanhas de desinformação sobre fraude eleitoral. O caso se acentuou depois que autoridades do condado de Maricopa, o mais populoso do estado, disseram que cerca de 17 mil cédulas foram afetadas por um acidente de impressão que impediu que os contadores de votos lessem algumas cédulas, um problema que atrasou a votação em alguns locais e enfureceu os republicanos. Autoridades do condado disseram que todas as cédulas serão contadas, mas não deram prazo para fazê-lo.

A causa permanece um mistério. Os dois altos funcionários do conselho de supervisores do condado, ambos republicanos, disseram em comunicado na noite de quarta-feira, 9, que usaram as mesmas impressoras, configurações e espessura de papel durante as primárias de agosto e os testes pré-eleitorais, quando não houve problemas generalizados.

Um antigo reduto republicano nos Estados Unidos, o Estado do Arizona se tornou um campo de batalha essencial desde a presidência de Donald Trump, e nas eleições de meio de mandato deste ano será um dos definidores do controle do Senado, além de possivelmente trazer mudanças nas regras para a eleição de 2024. /NYT