Irlanda: juíza rejeita indenização por invalidez após mulher vencer concurso de arremesso de árvore

Kamila Grabska processou seguradora após acidente de carro alegando que ficou incapacitada de trabalhar e brincar com seus filhos durante 5 anos por dores no corpo

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Uma mulher da Irlanda que alegou ter sofrido lesões “incapacitantes” em um acidente de carro teve um pedido de indenização negado pela Justiça após a revelação de uma foto sua participando de um concurso de arremesso de árvores de Natal. O caso foi relevado pelo Irish Independet.

PUBLICIDADE

Kamila Grabska, de 36 anos, declarou ao tribunal, em uma audiência na qual reivindicava € 760 mil por indenização, que ficou incapacitada de trabalhar por mais de cinco anos, por dores nas costas, no pescoço e na coluna, após uma acidente de carro em 2017. Ela movia um processo contra a seguradora por danos após o acidente.

Uma foto tirada pelo Irish Independent em 8 de janeiro de 2018 e apresentada durante a audiência, porém, a desmentiu. Na imagem, Kamila aparece lançando uma árvore de Natal em um concurso de arremesso, no qual ela saiu vitoriosa. De acordo com o jornal irlandês, o tribunal também mostrou vídeos da mulher brincando um cachorro dálmata “grande e forte” por uma hora e meia.

As imagens contradiziam provas médicas apresentadas pela defesa de Kamila, que alegavam que ela conseguia levantar apenas um copo d’água ou uma bolsa leve sem sentir dor. A mulher também argumentou que não conseguia brincar com seus filhos e frequentemente dependia de remédios para sair da cama.

O advogado da seguradora RSA Ireland, Murray Johnson, questionou Kamila se ela alguma vez contou a algum dos vários médicos que visitou desde o acidente sobre a vitória na prova de lançamento de árvores de Natal. “Não, porque esqueci”, respondeu, acrescentando que sentiu dores ao fazer o arremesso.

“Você tinha um grande sorriso no rosto ao atirar a árvore”, contestou o advogado. “Eu estava sorrindo, mas isso não significa que não senti dor”, respondeu Kamila, argumentando que “estava tentando viver uma vida normal”.

Como resultado, a juíza Carmel Stewart disse que tinha uma “imagem muito gráfica” de Kamilla jogando a árvore de Natal e que as provas médicas apresentadas por ela estavam “completamente em desacordo” com o lançamento da árvore de Natal.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.