WASHINGTON - O vice-almirante Robert Harward recusou a oferta do presidente Donald Trump para ser o novo chefe do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca. Um funcionário da presidência afirmou que Harward recusou a oferta em razão de "comprometimentos financeiros e familiares". A fonte falou sob anonimato porque a decisão ainda não foi anunciada publicamente.
O apresentador da CNN Jake Tapper tuitou que um amigo de Harward teria dito que o vice-almirante estava "relutante" para assumir o posto, porque achava a Casa Branca "muito caótica".
Harward substituiria Michael Flynn, que se demitiu na segunda-feira. Flynn, um general condecorado que assessorou Trump em política externa durante a campanha eleitoral, manteve contato com o embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak, durante o período de transição entre o governo do ex-presidente Barack Obama e o atual, e inclusive antes das eleições presidenciais do dia 8 de novembro.
Em algumas dessas ligações telefônicas, segundo admitiu Flynn, ele e o embaixador russo puderam falar sobre as sanções contra o Kremlin que o ex-presidente Obama impôs antes de deixar a Casa Branca como represália pela suposta ingerência russa nas eleições americanas.
Enquanto os rumores sobre o conteúdo dessas ligações eram ventilados em Washington, Flynn comentou ao vice-presidente Pence, assim como a outros altos cargos do governo, que não tinha falado com Kislyak sobre as sanções contra a Rússia.
Na carta de renúncia ao cargo de principal assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, no qual durou apenas 24 dias, Flynn argumentou que proporcionou "informação incompleta" ao vice-presidente e a outros sobre suas conversas com o embaixador russo. / REUTERS
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.