John Pescatore, vice presidente de segurança para a Internet do grupo Gartner, disse ontem (28/1) à CNN Money que os custos com o MyDoom serão de quatro a cinco vezes maiores do que os US$ 50 milhões gastos com o Sobig e o MSBlast, em 2003. Isto porque, explica Pescatore, a nova praga carrega um cavalo-de-tróia (programa malicioso que se instala nos computadores de suas vítimas, com o objetivo de copiar ou destruir arquivos), difícil de ser detectado. ?Embora o do MyDoom tenha arrefecido um pouco, ele já fez estragos suficientes e limpá-lo requer muito dinheiro?, disse Pescatore. Segundo Andy Cummings, diretor-executivo da Networks, as pequenas e médias empresas com 400 empregados ou menos serão as mais prejudicadas pela ação do MyDoom. Cummings calcula que cada uma delas gastará por volta de US$ 58 mil para livrar-se do vírus. O MyDoom está programado para iniciar uma ofensiva de negação de serviço contra o site da desenvolvedora de softwares SCO,a partir de 1 de fevereiro na tentativa de tirá-lo do ar. Seria uma esécie de vingança da comunidade do softwaree livre, uma que que a SCO está em litígio com distribuições do sistema operacional Linux. "Apesar do risco, o ataque contra a SCO parece mais uma diversão dos autores do MyDoom. Na realidade, eles irão continuar a disseminação de seu cavalo-de-tróia, que vem escondido em e-mails?, avisa John Pescatore. PRIMEIRA VARIANTE Ao que tudo indica, as ameaças do MyDoom ainda nem começaram. Hoje (29/1), a fabricante de antivírus Panda anunciou o surgimento do MyDoom. B, com as mesmas características de seu antecessor, mas com alvo diferente: os servidores da Microsoft. O MyDoom.B modifica os arquivos de gerenciamento de internet do Windows. Com isso, pode redirecionar acessos, impedindo, por exemplo que sejam abertas páginas de fabricantes de antivírus, onde são encontradas as ferramentas para removê-lo. O Panda ActiveScan, disponível livremente no site http://www.pandasoftware.com/, é capaz de detectar a presença dos dois vírus.