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Nintendo lança linha de acessórios feitos com papelão para o Switch

Prevista para chegar ao mercado em abril, Nintendo Labo tem experiências com piano, vara de pescar e até mesmo robô gigante feitos com cartões e custará a partir de US$ 69

Por Bruno Capelas
Atualização:
Kits terão cartões de papelão e outros apetrechos para que jogadores montem seus próprios brinquedos e joguem com o Switch Foto: Nintendo

A Nintendo surpreendeu o mercado de videogames mais uma vez nesta quarta-feira, 17, ao anunciar uma nova linha de produtos para o seu atual console, o Nintendo Switch. Enquanto rivais buscam dispositivos poderosos e altíssima resolução, a empresa revelou o Nintendo Labo, uma linha de acessórios feitos com papelão – e que podem se transformar em praticamente qualquer coisa, de um robô gigante a um piano e uma vara de pescar. 

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Com ajuda dos controles do Nintendo Switch, os Joy-cons, munidos de sensores como acelerômetro e câmera de sinais infravermelhos, esses acessórios podem se transformar em dispositivos para pequenos jogos ou tarefas realizadas com o videogame. A ideia da Nintendo, em tempos de realidade virtual, é fazer os jogadores (crianças ou não) terem uma experiência mais tátil com seus jogos e transformar o Switch em mais do que só um brinquedo digital. 

Entre os exemplos mais divertidos, está o de um carrinho "de controle remoto": quando montado, ele tem dois espaços para receber os controles do Switch, que vibrarão para poder movimentá-lo por aí. Já ao usuário caberá a tarefa de controlar o brinquedo com a tela sensível a toque presente no videogame. 

Como funciona. Segundo a Nintendo, a plataforma Labo é definida por três ideias centrais: fazer, jogar e descobrir. A partir do dia 20 de abril, a linha terá dois produtos vendidos nos Estados Unidos. 

O primeiro kit inclui um cartucho do Nintendo Switch com o jogo Labo e uma série de cartolinas, com instruções de montagem, além de apetrechos como cordas e conectores de plástico e será vendido por US$ 70. Dez dólares mais caro, o segundo também vem com o cartucho do game e diversas cartolinas para montar um robô gigante – a principal peça é um artefato parecido com uma mochila, que poderá ser colocado nas costas do jogador, transformando-o no robô. 

Jogo terá modo para fazer usuário montar brinquedo, se divertir com ele e entender como funciona Foto: Nintendo

Ao colocar o cartucho no videogame, o jogo na tela dá as instruções para que o jogador monte o brinquedo desejado – algo que a Nintendo está chamando de Toy-Con, ou "brinquedo-controle", em tradução não literal. É algo que pode dar especialmente certo com pais e filhos – enquanto um lê as instruções, o outro monta o brinquedo. Depois de pronto, o jogo na tela mostra como brincar. 

Uma terceira parte da plataforma Labo é mostrar como aquela tecnologia funciona – explicando como é possível que uma vara de pescar ou um robô gigante funcionam, com ajuda de sensores e câmeras, ajudando os pequenos (e não tão pequenos assim) jogadores a entender melhor a tecnologia que os cerca. 

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Primeiro kit terá vara de pescar, carro de "controle remoto" e piano Foto:

"É algo muito diferente de tudo que já fizemos", disse o presidente da empresa nos Estados Unidos, Reggie Fils-Aimé, ao site norte-americano The Verge. "Acreditamos que isso pode nos ajudar a aumentar a audiência do Nintendo Switch". Hoje, o console é um dos maiores sucessos da empresa, com 10 milhões de unidades vendidas em menos de um ano no mercado, mas ainda fala com um público que é basicamente de fãs de videogames, especialmente por jogos tradicionais como Zelda: Breath of the Wild e Super Mario Odyssey. 

Ao trazer ideias como o Labo para o mercado, a empresa se aproxima de crianças e jogadores casuais – se o kit der certo, diz a Nintendo, mais funcionalidades com o Labo poderão ser lançadas para públicos de outras idades. Ainda não está claro, porém, se será possível comprar o jogo em formato digital e obter os designs dos brinquedos de cartolina virtualmente – algo que pode se tornar um empecilho para os donos do Switch no Brasil que quiserem testar a brincadeira, uma vez que a empresa não tem representação oficial no Brasil. 

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