A MetroRED, dona de uma rede de fibras ópticas unindo São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, decidiu privilegiar a expansão dos serviços, em detrimento da ampliação da cobertura geográfica. Os investimentos previstos para este ano somam US$ 115 milhões e a maior parte deles será dirigida para que a empresa deixe a condição de fornecedor de infra-estrutura e se transforme num provedor de serviços de maior valor agregado. Com isso, a perspectiva é de que o faturamento dobre em relação a 2000, quando a receita atingiu US$ 22 milhões. O primeiro passo foi dado há um mês, quando a MetroRED passou a prover acesso à Internet para o mercado corporativo. Segundo o presidente da companhia, José Jardim, a estratégia comercial mudou para que a MetroRED cresça verticalmente. "No atendimento ao mercado corporativo, o grande negócio não está na venda de infra-estrutura, mas na oferta de serviços", disse. A empresa tem hoje anéis ópticos nas três capitais, somando 500 quilômetros de cabos, de um total de 2 mil quilômetros de backbone. Ao longo deste ano, a rede crescerá apenas 200 quilômetros, conectando as regiões de Campinas e Osasco, passando por Alphaville. No campo dos serviços, uma das novidades introduzidas pela MetroRED foi batizada de Internet Inteligente. O sistema identifica o tráfego do cliente, diferenciando o acesso nacional do internacional. "O cliente paga exatamente pelo que consumiu. Normalmente, as operadoras cobram pela tarifa mais alta, do acesso internacional", explica Jardim. Segundo ele, o grosso do tráfego é nacional, responsável por uma média de 70% dos acessos corporativos. Empresas com esse perfil, segundo o presidente da MetroRED, têm uma redução em torno de 35% na conta, comparada à sistemática de cobrança normal do mercado. Há um mês provendo acesso, a empresa contabiliza 20 clientes, de um total de 400 nos três Estados de atuação. Outras 150 propostas estão em negociação. Outra solução que deverá agregar serviços ao portfólio da MetroRED é o data center, a ser inaugurado em maio em São Paulo. Com cinco mil metros quadrados, as instalações receberam um investimento de US$ 30 milhões. No Brasil desde 1988, a companhia pertence ao grupo Fidelity Investments, gestor de carteiras e fundos de investimentos cm ativos totais de US$ 800 bilhões.
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