País permanece na lista dos piores em acesso à informação, segundo a Consumers International
Os anos passam e o Brasil não sai da lista dos países com as piores leis de direitos autorais do mundo.
A Consumers International divulgou seu Watchlist 2012. No relatório, o Brasil está na 5ª posição na lista dos países com o pior acesso às informações. A culpa é da atual lei de direito autoral, 9610/98, considerada muito restritiva.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/LCV7GQRWDRL2HAIOR5V7EMRF7U.jpg?quality=80&auth=f2aba762a4e28ba96532a1457bfb01895d54c4972344c1842197a354f58ea913&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/LCV7GQRWDRL2HAIOR5V7EMRF7U.jpg?quality=80&auth=f2aba762a4e28ba96532a1457bfb01895d54c4972344c1842197a354f58ea913&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/LCV7GQRWDRL2HAIOR5V7EMRF7U.jpg?quality=80&auth=f2aba762a4e28ba96532a1457bfb01895d54c4972344c1842197a354f58ea913&width=1200 1322w)
A CI avalia quesitos como acesso à cultura, exceções e limitações para uso de obras (como a permissão de cópias para fins educacionais, uso privado ou preservação) e adaptação da lei às novas tecnologias.
No Brasil, uma obra fica protegida por 70 anos após a morte do autor. Além disso, a lei não permite que se faça cópias nem para uso privado (o exemplo é recorrente: ao pé da letra, a lei brasileira não permite nem que se copie uma música do iPod para o computador).
O Brasil recebeu as piores notas em escopo e duração de copyright e na liberdade de acesso e uso privado, educacional e em bibliotecas. O acesso online ficou com uma nota intermediária:
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/DBUDWSBWTZNANI7ZPPBQSEJTL4.jpg?quality=80&auth=bd48870b51c0c61ec941ebabeb022b0e1f3b119b2e55538f4d7dd4d43a08786e&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/DBUDWSBWTZNANI7ZPPBQSEJTL4.jpg?quality=80&auth=bd48870b51c0c61ec941ebabeb022b0e1f3b119b2e55538f4d7dd4d43a08786e&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/DBUDWSBWTZNANI7ZPPBQSEJTL4.jpg?quality=80&auth=bd48870b51c0c61ec941ebabeb022b0e1f3b119b2e55538f4d7dd4d43a08786e&width=1200 1322w)
A Consumers International é uma federação que reúne 115 países e 220 entidades de defesa do consumidor. O Instituto de Defesa do consumidor (Idec) foi a organização brasileira que contribuiu para o relatório.
O Brasil teve uma sensível melhora no ranking. Pulou da 4ª posição em 2011 para a 5ª. A culpa, no entanto, não foi da lei - que continua a mesma - mas da Jordânia, que entrou para a pesquisa deste ano.
A ONG divulga o que considera boas práticas, como o uso de alternativas para para o DRM (trava digital que proíbe copiar mídias). Outra sugestão é usar as leis de defesa do consumidor para inibir abusos dos direitos de propriedade intelectual.