Árvores com cupim ameaçam público no Ibirapuera-SP

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Por AE
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Parte das 15 mil árvores do Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital paulista, está tomada por visitantes indesejáveis e perigosos: os cupins de hábitos subterrâneos. Um mapeamento científico está sendo realizado para saber quantas delas estão infestadas pelos insetos e oferecem riscos ao 1,1 milhão de usuários mensais. Os pesquisadores não sabem a quantidade danificada, mas levantamento em um bolsão de tipuanas - próximo ao playground - indicou a infestação em 30% delas. "Ainda não podemos dizer que 30% é o porcentual de árvores infestadas que vamos encontrar em todo o parque. Só que também não posso dizer que não é", afirmou João Justi Júnior, pesquisador do Laboratório de Pragas Urbanas do Instituto Biológico, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, que está realizando os testes no parque. Algumas árvores já pesquisadas estavam comprometidas em 70% a 80%. "A literatura científica aponta que se 2/3 do diâmetro estiver comprometido (66,66%) já se recomenda a retirada." Cada colônia de cupim nas árvores tem em média 1 milhão de insetos, que podem se instalar nos exemplares ao lado. A avaliação, que deverá estar pronta no segundo semestre, é uma parceria com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Segundo Justi Júnior, para efeito de comparação, análise menos detalhada no Parque da Água Branca, zona oeste, mais antigo que o Ibirapuera, constatou que 22% das árvores estavam infestadas há 5 anos. Para avaliar se as árvores estão com cupins, os pesquisadores fazem primeiro um teste visual, observando galhos quebrados, fissuras, marcas de terra e de fezes de cupins. Depois, com uma broca de 40 a 50 centímetros, fazem furos no tronco para ver se está oco e qual o nível de comprometimento. Paralelamente à análise visual e aos furos feitos criteriosamente nos troncos das árvores, os pesquisadores trabalham em laboratório. O objetivo é descobrir inseticidas eficazes. As informações são do Jornal da Tarde

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