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Após 17 anos, STF pode ter apenas uma mulher se indicação de Dino for aprovada

Última vez que composição assim aconteceu foi antes da indicação de Cármen Lúcia para o tribunal, em junho de 2006

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Por Pedro Augusto Figueiredo

O Supremo Tribunal Federal (STF) terá apenas uma mulher em sua composição pela primeira vez em 17 anos caso a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), seja aprovada pelo Senado Federal. A sabatina dele na Comissão de Constituição e Justiça foi marcada para o dia 13 de dezembro. O cálculo desconsidera o período em que o tribunal ficou com um integrante a menos devido ao processo de indicação, sabatina e posse de um novo magistrado.

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A única mulher atualmente no STF é Cármen Lúcia. Ela foi indicada no primeiro mandato de Lula e tomou posse no dia 21 de junho de 2006. Naquele momento, a outra ministra do Supremo era Ellen Gracie, primeira mulher a ocupar uma vaga na Corte mais importante do Brasil após ter sido escolhida por Fernando Henrique Cardoso no ano 2000.

Gracie se aposentou em 2011. Para o lugar dela, a então presidente Dilma Rousseff (PT) escolheu a ministra Rosa Weber, oriunda da Justiça do Trabalho. Weber atuou junto com Cármen Lúcia até o final de setembro, quando se aposentou por ter chegado à idade máxima de 75 anos.

Aos 69 anos, a ministra Cármen Lúcia é a única mulher a compor o Supremo neste momento Foto: WERTHER

Ala do PT e integrantes de movimentos progressistas, que apoiaram Lula, pressionaram o presidente a escolher uma mulher negra para o Supremo. O movimento não surtiu efeito e o presidente chegou a dizer que gênero e cor não seriam critérios levados em consideração por ele. Nas últimas semanas, o nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, ganhou força, mas foi implodido após seu aliado, Jaques Wagner, votar favoravelmente à Proposta de Emenda à Constituição que limita os poderes do STF.

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