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Em oposição ao processo de cassação do vereador da Câmara Municipal de Curitiba Renato Freitas (PT), a Arquidiocese da capital paranaense redigiu um documento em que contestou a quebra de decoro parlamentar. Na manifestação, a instituição afirmou que o vereador só entrou na Igreja do Rosário dos Pretos de São Benedito, centro da cidade, após o término da missa. Renato é acusado de invadir o templo religioso no dia 5 de fevereiro, durante as manifestações que pediam justiça pela morte do congolês Moïse Kabagambe.
No registro, a Mitra defendeu que: "a movimentação contra o racismo é legítima, fundamenta-se no Evangelho e sempre encontrará o respaldo da Igreja". Ainda no documento, o bispado argumentou que o protesto do vereador é por uma causa "nobre e merece respeito". Porém, na sequência, a instituição reforçou que apesar da importância do assunto, a situação apresentou "certos excessos, como o desrespeito a lugar sagrado". Veja o documento:
Documento
CARTAPor fim, é sugerido que a casa legislativa municipal aplique uma "medida disciplinadora proporcional ao incidente". Após o ocorrido em fevereiro, foi instaurado um procedimento ético-disciplinar para apurar a conduta do vereador. No dia 17 de março, o parlamentar negou ter invadido a Igreja do Rosário durante depoimento protocolado no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba.
No total, foram protocoladas cinco representações contra Renato. Perturbação da prática de culto religioso e a realização de ato político dentro do templo religioso estão entre as acusações. A defesa do vereador pediu arquivamento do processo.
O parlamentar se envolveu em outra polêmica neste mês. Durante uma reunião remota da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal, ele surgiu com um secador nas mãos arrumando os cabelos. No encontro, estava sendo discutido o projeto de lei do vereador Eder Borges (PSD), que propõe o 'desincentivo' à linguagem neutra ou não binária.