Dizem que as pessoas inteligentes são aquelas que aprendem com os próprios erros. E que os gênios são os que aprendem com os erros dos outros. Como eu e você não somos gênios (não se preocupe, Einstein não se considerava gênio), o mais importante é o tipo de insight que um erro gera.
Não procure o erro. Ele vai te achar. E, dito isso, também preciso dizer que não sou um fã da cultura do erro. Mas acho que o erro precisa ser admitido — e, muitas vezes, inclusive bem-vindo. O problema, na minha opinião, é quando cometemos sempre o mesmo tipo de erro. Ou, algumas vezes, inclusive o mesmo erro. Exatamente o mesmo.
Um erro existe para nos ensinar algo e, quando ele acontece, precisamos respirar e pensar. Se fazemos isso, se entendemos sua causa, e agimos no curso natural de corrigir, ir em frente, e de vez em quando pensar sobre ele (mesmo sem nos darmos conta de estarmos fazendo isso), temos uma maior chance de não incorrermos novamente nele.
E então estamos livres para fazer algo mais interessante: cometermos novos erros. Novos erros vêm de novas ideias, novas aventuras, novas tentativas. Você não evolui, não caminha, não cresce sem estar cometendo novos erros.
Cometer um novo erro é a consequência possível de assumir um novo risco, buscar uma nova abordagem, resolver um novo problema, ou seja: é a consequência de inovar.
Preste atenção nos seus erros, e pense: estou evoluindo através deles, ou eles estão me mantendo no mesmo lugar?
*Cassio Grinberg, sócio da Grinberg Consulting e autor dos livros Desaprenda e Desinvente