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O Ministério Público Federal vai acompanhar o andamento das investigações sobre os assassinatos de um casal de ambientalistas e a filha adolescente em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará. José Gomes, conhecido como 'Zé do Lago', a mulher Márcia Nunes Lisboa e a filha Joene Nunes Lisboa foram encontrados mortos no último dia 11.
De acordo com a Procuradoria, o casal vivia há mais de 20 anos em local conhecido como Cachoeira da Mucura e desenvolvia um projeto ambiental de proteção de quelônios, repovoando as águas do Xingu com filhotes de tartarugas todos os anos. Eles foram mortos a tiros.
O MPF considera o ocorrido como de 'extrema gravidade', indicando que o mesmo se insere 'em um contexto de reiterados ataques a ambientalistas e defensores de direitos humanos no país'.
A Procuradoria informou na sexta-feira, 14, que deve cobrar das autoridades providências e investigações céleres sobre o crime.
Nessa quinta-feira, 13, mais de 50 entidades e movimentos sociais divulgaram uma carta pública cobrando rapidez nas investigações e responsabilização dos envolvidos. Entre os signatários da carta estão a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH).
A nota afirma que levantamentos da CPT nas últimas quatro décadas apontam para o assassinato de 62 trabalhadores rurais e lideranças em conflitos de terra no município de São Félix do Xingu e até agora nenhum dos casos foi resolvido pelas autoridades do sistema de Justiça.
Relatório de 2021 da organização não governamental Global Witness apontou que o Brasil figura como o 4º do mundo com maior número de ambientalistas assassinados, ressaltou a Procuradoria.