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Procuradoria quer celeridade e rigor nas investigações sobre assassinato de casal de ambientalistas e filha em São Félix do Xingu

Ministério Público Federal alerta que homicídios de 'Zé do Lago', da mulher Márcia Lisboa e da adolescente Joene, cujos corpos foram encontrados no dia 11, reforçam 'contexto de reiterados ataques' a grupos que se dedicam à proteção da natureza no País

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Por Redação
Atualização:

São Felix do Xingu. Imagem ilustrativa. Foto: Marco Sanros / Ag. Pará

O Ministério Público Federal vai acompanhar o andamento das investigações sobre os assassinatos de um casal de ambientalistas e a filha adolescente em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará. José Gomes, conhecido como 'Zé do Lago', a mulher Márcia Nunes Lisboa e a filha Joene Nunes Lisboa foram encontrados mortos no último dia 11.

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De acordo com a Procuradoria, o casal vivia há mais de 20 anos em local conhecido como Cachoeira da Mucura e desenvolvia um projeto ambiental de proteção de quelônios, repovoando as águas do Xingu com filhotes de tartarugas todos os anos. Eles foram mortos a tiros.

O MPF considera o ocorrido como de 'extrema gravidade', indicando que o mesmo se insere 'em um contexto de reiterados ataques a ambientalistas e defensores de direitos humanos no país'.

A Procuradoria informou na sexta-feira, 14, que deve cobrar das autoridades providências e investigações céleres sobre o crime.

Nessa quinta-feira, 13, mais de 50 entidades e movimentos sociais divulgaram uma carta pública cobrando rapidez nas investigações e responsabilização dos envolvidos. Entre os signatários da carta estão a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH).

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A nota afirma que levantamentos da CPT nas últimas quatro décadas apontam para o assassinato de 62 trabalhadores rurais e lideranças em conflitos de terra no município de São Félix do Xingu e até agora nenhum dos casos foi resolvido pelas autoridades do sistema de Justiça.

Relatório de 2021 da organização não governamental Global Witness apontou que o Brasil figura como o 4º do mundo com maior número de ambientalistas assassinados, ressaltou a Procuradoria.

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