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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Cid Gomes defende que candidato da coligação em Fortaleza não seja do PT

Recém filiado ao PSB, senador diz que nome deveria ser de partidos aliados que dão sustentação política ao governo do petista Elmano de Freitas no Ceará

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Por Pedro Augusto Figueiredo

O senador Cid Gomes (PSB-CE) avalia que o PT não deveria ter candidato à Prefeitura de Fortaleza (CE) porque já comanda o governo do Ceará com Elmano de Freitas (PT-CE). Recém-chegado ao PSB após a ruptura política com seu irmão, Ciro Gomes (PDT-CE), Cid afirma que a aliança que sustenta o governo estadual que também conta com PSD, MDB, Republicanos e PP tende a ser reproduzida na eleição da capital cearense.

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“Agora, se você me perguntar de qual partido é o candidato, há visões diferentes. Eu prudentemente defendo que que seja do arco de alianças. O PT tem o governador do Estado e, portanto, o que eu defendo é que outro partido integrante dessa aliança tenha o candidato a prefeito de Fortaleza. Se for do PSB, ótimo”, disse o senador à Coluna do Estadão.

Cid se filiou no início de fevereiro ao PSB e levou consigo 40 prefeitos, além da ex-governadora Izolda Cela, atual secretária-executiva do Ministério da Educação. Perguntado se ela seria o nome indicado pelo PSB, desconversou e disse que é preciso, primeiro, definir as alianças, elaborar o projeto para a capital e por último escolher o candidato. ”Se a gente bota o carro na frente dos bois e já começa a discutir nomes, a meu juízo isso só atrapalha”, respondeu Cid Gomes.

Cid Gomes assina filiação ao PSB ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin Foto: Rodrigo Carvalho/PSB

No PT, os dois principais pré-candidatos são a deputada federal Luizianne Lins, que já governou Fortaleza, e Evandro Leitão, presidente da Assembleia Legislativa do Ceará que deixou o PDT para se filiar ao partido de Lula.

A eleição de 2022 marcou a ruptura entre PT e PDT no Ceará e acabou fortalecendo o PSB. Cid e o ex-governador Camilo Santana, hoje ministro da Educação, queriam que a candidata ao governo estadual fosse Izolda, mas Ciro e o PDT apoiaram o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. O PT acabou lançando Elmano, que venceu a eleição.

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Após o pleito, e com o racha explícito, Cid e Ciro deflagraram uma guerra pelo comando do PDT cearense. “Eu não tenho briga particular com o Ciro. Nós tivemos uma divergência na definição do processo sucessório de 2022. Para não brigar com ele eu me afastei do processo. Finda as eleições, vi que não era bem-vindo no PDT e procurei outro abrigo”, explicou o senador.

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