O senador Cid Gomes (PSB-CE) avalia que o PT não deveria ter candidato à Prefeitura de Fortaleza (CE) porque já comanda o governo do Ceará com Elmano de Freitas (PT-CE). Recém-chegado ao PSB após a ruptura política com seu irmão, Ciro Gomes (PDT-CE), Cid afirma que a aliança que sustenta o governo estadual que também conta com PSD, MDB, Republicanos e PP tende a ser reproduzida na eleição da capital cearense.
“Agora, se você me perguntar de qual partido é o candidato, há visões diferentes. Eu prudentemente defendo que que seja do arco de alianças. O PT tem o governador do Estado e, portanto, o que eu defendo é que outro partido integrante dessa aliança tenha o candidato a prefeito de Fortaleza. Se for do PSB, ótimo”, disse o senador à Coluna do Estadão.
Cid se filiou no início de fevereiro ao PSB e levou consigo 40 prefeitos, além da ex-governadora Izolda Cela, atual secretária-executiva do Ministério da Educação. Perguntado se ela seria o nome indicado pelo PSB, desconversou e disse que é preciso, primeiro, definir as alianças, elaborar o projeto para a capital e por último escolher o candidato. ”Se a gente bota o carro na frente dos bois e já começa a discutir nomes, a meu juízo isso só atrapalha”, respondeu Cid Gomes.
No PT, os dois principais pré-candidatos são a deputada federal Luizianne Lins, que já governou Fortaleza, e Evandro Leitão, presidente da Assembleia Legislativa do Ceará que deixou o PDT para se filiar ao partido de Lula.
A eleição de 2022 marcou a ruptura entre PT e PDT no Ceará e acabou fortalecendo o PSB. Cid e o ex-governador Camilo Santana, hoje ministro da Educação, queriam que a candidata ao governo estadual fosse Izolda, mas Ciro e o PDT apoiaram o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. O PT acabou lançando Elmano, que venceu a eleição.
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Após o pleito, e com o racha explícito, Cid e Ciro deflagraram uma guerra pelo comando do PDT cearense. “Eu não tenho briga particular com o Ciro. Nós tivemos uma divergência na definição do processo sucessório de 2022. Para não brigar com ele eu me afastei do processo. Finda as eleições, vi que não era bem-vindo no PDT e procurei outro abrigo”, explicou o senador.