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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Corregedor de Justiça nega crise com Barroso: ‘Divergências não afetam relação pessoal’

Presidente do STF criticou decisão do ministro Luís Felipe Salomão que havia afastado a juíza Gabriela Hardt por supostas irregularidades na Operação Lava Jato

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Por Eduardo Gayer
Atualização:

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, negou qualquer estremecimento na sua relação com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Em sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Barroso criticou a decisão monocrática de Salomão que havia afastado os juízes Gabriel Hardt e Danilo Pereira Júnior, além de dois desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por indícios de supostas irregularidades durante a Operação Lava Jato.

“Divergências são comuns em julgamentos, e isso não abala a relação pessoal, cordial e civilizada que os julgadores mantêm. É claro que isso não interfere em nada na relação pessoal de muitos anos, de conhecimento e boa afinidade [com Barroso]”, disse à Coluna do Estadão o corregedor nacional de Justiça, que também é ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O corregedor Luis Felipe Salomão e o presidente Luis Roberto Barroso Foto: Youtube/

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Por maioria, o CNJ reverteu o afastamento dos juízes e manteve temporariamente a suspensão dos desembargadores, após um pedido de vista do próprio Barroso, que chamou a liminar de Salomão de “ilegítima”, “arbitrária”, “desnecessária” e uma “injustiça” que afrontaria decisões do STF.

Para Barroso, “nada justifica” o afastamento ter sido decidido monocraticamente, se não havia urgência. Nos bastidores, a decisão de Salomão foi lida como uma forma de pressionar o presidente do STF, que também lidera o CNJ, a pautar o caso da Lava Jato.

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