Tão logo foi confirmado na relatoria do novo ensino médio, o deputado Mendonça Filho (União-PE) telefonou para o ministro da Educação, Camilo Santana, e disse querer dialogar com o MEC e com os secretários estaduais da área. Sua preocupação era deixar claro que não vai discutir a pauta com revanchismo.
“O Brasil precisa entender que educação é política de Estado e não de governo. É possível aprimorar o legado de Temer com contribuições novas. O que não se pode é simplesmente rasgar e jogar fora o que já havia sido feito na reforma do ensino médio”, afirmou em entrevista exclusiva à Coluna.
Mendonça, ministro da Educação no governo de Michel Temer, foi principal fiador da reforma educacional sancionada em 2017, que está em vigor e é alvo de críticas do PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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“Não estou preso a nenhuma visão, estou aberto ao diálogo e à construção de uma política de educação positiva para o ensino médio no País. Quem me conhece sabe que não sou de vencer no grito, vou fazer o convencimento”, disse.
O deputado ressalta que essa discussão é importante porque o Brasil figura entre os piores desempenhos do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Na última avaliação, feita em 2018, o País ficou em 54º lugar numa lista com 79 nações, com destaque para o baixo desempenho dos alunos em leitura, matemática e ciências.