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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Zeca Dirceu diz que vai para a briga por possível vaga ao Senado

Nos bastidores, deputado promete insistir para concorrer em eleição suplementar se Sergio Moro for cassado

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Foto do author Julia Lindner
Foto do author Roseann Kennedy
Por Julia Lindner e Roseann Kennedy

O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), afirmou que não abre mão de disputar uma eventual eleição suplementar ao Senado pelo Paraná caso o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) seja cassado pela Justiça.

Deputado Zeca Dirceu (PT-PR), líder do PT na Câmara dos Deputados. 27-06-2023  Foto: Wilton Junior - Estadão

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O comentário, presenciado por um grupo de parlamentares, foi feito ao líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). “Se quiserem briga, vai ter briga”, afirmou o filho do ex-ministro José Dirceu, segundo relatos.

Uma eleição suplementar para uma das vagas paranaenses no Senado, no entanto, ainda é mera especulação. A decisão sobre o processo de Moro não tem data para ocorrer e deve ficar para ano que vem.

Congressistas do Paraná avaliam que Zeca deve ter uma estratégia por trás da insistência em disputar a possível eleição suplementar.

Altamente ligada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é outra interessada no posto e tem o apoio da primeira-dama Janja da Silva. Para parlamentares do Estado de Zeca, o líder do PT pode querer, na verdade, tentar se cacifar para concorrer à prefeitura de Curitiba em 2024.

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REAÇÃO

O senador Sergio Moro falou à Coluna que considera ditatorial e desrespeitosa a atitude dos petistas, brigando por uma vaga que nem existe.

“O PT tem dificuldade com a oposição e quer resolver à moda venezuelana. É um desrespeito à Justiça Eleitoral e a 1,9 milhão de eleitores paranaenses. Vamos ouvir María Corina Machado no Senado, para nos informar sobre essas práticas autoritárias. No processo, sigo tranquilo quanto às leis e aos fatos”, afirmou.

Moro faz referência a María Corina Machado que era uma das pré-candidatas favoritas para as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela. A ditadura do país tornou-a inelegível, na noite da sexta-feira, 30, por 15 anos.

Em maio, quando o presidente venezuelano Nicolás Maduro veio ao Brasil, Moro apresentou um requerimento para a realização de audiência pública, na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal, com a opositora. Agora, quer aumentar a pressão pela oitiva. Porém, o Senado vai entrar em recesso a partir de 18 de julho e só retomará as atividades em primeiro de agosto.

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