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Um olhar crítico no poder e nos poderosos

Opinião|Guerra de versões

O núcleo pro-impeachment passou por um susto na noite de sexta-feira, quando o placar a favor caiu abaixo dos 342 votos necessários. Foi um corre-corre, mas os líderes rapidamente convenceram indecisos a se manifestarem publicamente a favor, para quebrar a sensação de reviravolta. Aparentemente, deu certo. O placar da tarde de sábado registra 347 votos confirmados pro-impeachment, com margem de cinco a mais do que o mínimo.

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Foto do author Eliane Cantanhêde

O vice-presidente Michel Temer fez a parte delevoltando para Brasília já de manhã e retomando a romaria de deputados ao Palácio do Jaburu, residência oficial, como forma de demonstrar força. Dezenas de carros cruzaram os portões, inclusive conduzindo votos de parlamentares computados até agora como "indecisos".

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No Salão Verde da Câmara, grande agitação, com governistas garantindo que o impeachment não passa e oposicionistas jurando contrário, enquanto uma multidão de jornalistas, inclusive estrangeiros, anda de um lado para outro.

Foi nesse clima que Rogério Chequer, do "Vem Pra Rua", anunciava 352 votos declarados a favor do impeachment e o deputado José Carlos Hauly dizia que setores de inteligência das Forças Armadas já computavam 369. De longe, o ex-ministro Orlando Silva, do PC do B, gritou: "Não vai passar. Pode anotar aí!"

O fato é que ninguém vai dormir de sábado para domingo, porque, eleições no Congresso apertadas assim são como futebol: ninguém ganha de véspera.

 

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Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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