Senador bolsonarista critica jornada de políticos e defende fim da escala 6x1; veja o que ele disse

Cleitinho (Republicanos-MG) contraria aliados ao propor redução da carga de trabalho política e questionar desigualdade salarial; PEC segue em fase de assinaturas na Câmara

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Foto do author Wesley Bião
Atualização:

O senador Cleitinho (Republicanos-MG) divergiu de seus colegas do campo bolsonarista ao defender o fim da escala 6x1 e criticar a jornada de trabalho dos políticos brasileiros.

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Em um vídeo publicado nesta terça-feira, 12, em suas redes sociais, o senador aparece com um cartaz comparando os dias trabalhados e os salários recebidos por “trabalhadores” e políticos. Cleitinho destacou os valores do salário mínimo – R$ 1.412 – e o salário de um senador, que era de R$ 41.650 até janeiro e atualmente é de R$ 44 mil.

“Tem que acabar com essa escala de 6 por 1. Estão questionando o texto que está na Câmara. Então, temos que mudar esse texto, que acabe com essa escala, mas também diminua o imposto do empresário”, afirmou o senador.

Este não foi o primeiro vídeo do senador mineiro sobre o tema. Na segunda-feira, 11, ele já havia feito uma publicação comparando os dias de trabalho entre “trabalhadores” e políticos. Na postagem, ele apresenta um cálculo cujo resultado mostra que enquanto um político trabalha, em média, 151 dias no ano, o “trabalhador” tem 264 dias dedicados às funções laborais.

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A posição de Cleitinho contrasta com a de seu aliado, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Ambos estiveram juntos com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no palanque de Bruno Engler (PL), candidato derrotado à prefeitura de Belo Horizonte. Os parlamentares são cotados para disputar o governo de Minas Gerais em 2026.

Senador foi na contramão dos companheiros da ala bolsonarista e se posicionou a favor da PEC que visa extinguir a jornalda de trabalho 6x1 Foto: Facebook / Reprodução

Em vídeo publicado esta semana, o deputado criticou o texto atual da PEC, classificando o texto como “terrivelmente elaborado”. O parlamentar também argumentou que a PEC é uma medida populista que pode gerar inflação e aumentar os custos para empresas, especialmente em setores como supermercados e hospitais. Segundo ele, os mais pobres acabariam sendo prejudicados, com demissões e redução dos salários.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da escala 6x1 ainda não está em tramitação na Câmara dos Deputados. O projeto, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), encontra-se na fase de coleta de assinaturas para prosseguir na Casa.

O texto conta com 153 assinaturas no sistema interno da Câmara. A consulta do Estadão foi realizada no início da tarde desta terça-feira, 12. Para que a PEC seja protocolada e comece a tramitar, são necessários ao menos 171 signatários.

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