Tabata rebate fala machista de Valdemar, critica Nunes e ganha apoio de Marta; veja vídeo

Valdemar disse que Tabata Amaral, sem experiência no Executivo, não teria ‘noção’ do que a Prefeitura exige e que o namorado dela, João Campos, é o prefeito mais bem avaliado do País por ter aprendido com o pai, ‘um grande político’

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Foto do author Juliano  Galisi
Atualização:

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, rebateu na noite de quarta-feira, 31, críticas feitas por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews. Valdemar afirmou que Tabata, sem experiência na administração pública, seria “um caos” gerindo uma cidade como São Paulo e que não poderia usar como argumento ser namorada de João Campos (PSB), prefeito de Recife.

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Tabata rebateu o que considerou como uma “fala ridícula” do dirigente partidário, criticou a gestão de Ricardo Nunes (MDB), apoiada por Valdemar, e ganhou até o apoio de Marta Suplicy, cotada para ser pré-candidata a vice-prefeita na chapa de Guilherme Boulos (PSOL).

Na entrevista, o presidente do PL elencou que Tabata, que está no segundo mandato como deputada federal, nunca teve experiências à frente de um Executivo, com mandato eletivo, órgão público ou pasta administrativa. A pré-candidata, segundo Valdemar, não tem a “noção” que a Prefeitura de São Paulo exige ao mandatário. “Como vai dirigir uma prefeitura, merenda escolar, obra? Não tem noção. Nunca participou de um governo, nunca aprendeu. Vai aprender na prefeitura, em São Paulo? Isso vai ser um caos”, disse Valdemar.

Tabata Amaral é pré-candidata em São Paulo Foto: Alex Silva/Estadão

Valdemar, em seguida, afirmou que a pré-candidata poderia rebater o argumento de que não tem experiência no Executivo alegando ser companheira de João Campos, prefeito de Recife. “Nunca passou por um órgão público, por uma administração municipal. Aí ela (Tabata) vai dizer: ‘Mas o meu namorado, prefeito de Recife, é o prefeito de capital mais bem avaliado do País’”, disse Costa Neto.

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Até ser eleito prefeito de Recife, em 2020, João Campos nunca havia ocupado um cargo no Executivo. No entanto, para Valdemar, a diferença é que João, filho de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, adquiriu experiência só observando o pai, que foi “um grande político”. Eduardo Campos, candidato à Presidência nas eleições de 2014, morreu em agosto de 2014 num acidente aéreo. Tabata Amaral, por sua vez, não é de uma família de políticos.

Tabata rebate ‘fala ridícula’ de Valdemar

Em vídeo publicado em redes sociais, Tabata Amaral disse que a declaração de Valdemar havia sido “ridícula” e criticou a gestão de Nunes, apoiado pelo dirigente partidário. “Quem definitivamente não tem experiência de boa gestão é o candidato do Valdemar Costa Neto, o Ricardo Nunes”, rebateu a pré-candidata.

Além das críticas a Ricardo Nunes, Tabata elencou que não precisa ser de uma família de políticos, como a de seu companheiro, para aprender sobre gestão pública. “Como não tem uma vírgula para falar da minha vida pessoal ou pública, vão falar do meu namorado”, disse a deputada federal.

Marta elogia resposta de Tabata Amaral

Nos comentários, Tabata recebeu o apoio de Marta Suplicy, que vai confirmar seu retorno ao PT ainda nesta semana para ser vice na chapa do pré-candidato Guilherme Boulos. “Boa, Tabata”, disse Marta Suplicy. Marta elogia um vídeo repleto de críticas a Ricardo Nunes, do qual integrava a gestão até o mês passado, na Secretaria de Relações Internacionais.

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Não é a primeira vez que Marta e Tabata, que tendem a seguir projetos eleitorais distintos em 2024, demonstram sinais de respeito e admiração mútuas. No começo do ano, Tabata compartilhou com seus seguidores a leitura de “Minha vida de prefeitura”, livro de Marta Suplicy.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) segura livro de Marta Suplicy Foto: @tabataamaralsp via Instagram

Tabata também mencionou Marta ao comentar o encontro, em janeiro, com a deputada federal Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo. A pré-candidata afirmou “ter sorte” de disputar uma prefeitura que, ocupada por mulheres em duas ocasiões, “deu certo”.

“Ela (Luiza Erundina) foi a primeira mulher a ser prefeita da cidade. Então, essa foi uma pauta muito forte do encontro, o que significa ser mulher na política. Até disse a ela: ‘Olha, tenho muita sorte em ser pré-candidata numa cidade que já teve prefeitas e que, nessas duas ocasiões, deu certo’”, disse Tabata Amaral.

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