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Veja o desempenho dos partidos na disputa presidencial desde 1994

PT volta a ter maioria de votos após 8 anos, e sigla de Lula retoma patamar de 2014; partido de Bolsonaro em 2022, PL ocupa lugar do PSL

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Foto do author Augusto Conconi
Foto do author Cindy Damasceno
Por Augusto Conconi e Cindy Damasceno

O PT voltou a liderar o porcentual de votos válidos no primeiro turno da disputa pela Presidência. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu 57,2 milhões de votos.

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A quantidade absoluta de votos no PT cresceu 82% comparada à corrida anterior, em 2018 – 31,3 milhões de brasileiros votaram em Fernando Haddad no primeiro turno. A última vez em que o partido esteve na liderança de votos foi em 2014, quando a ex-presidenta Dilma Rousseff disputava a reeleição.

No gráfico, a intensidade do partido é refletida na largura e na posição da ‘onda’. Quanto maior o porcentual de votos recebidos no ano, mais larga a representação – e mais ao topo do mapa a legenda é posicionada. As chapas que não levaram candidatos para a corrida (e que, por isso, não receberam votos) ficam na parte inferior da infografia e são mais finas. São exibidos apenas os 10 partidos que mais receberam votos em 2022.

PT

Ao voltar ao primeiro lugar de votos em 2022, o PT repete o desempenho eleitoral em primeiro turno dos anos 2000 e meados de 2010 – quando esteve representado, respectivamente, pelos ex-presidentes Lula e Dilma.

Além de recolocar o PT na dianteira, a votação de 2022 também foi recordista em votos angariados para a legenda. O recorde anterior foi em 2010, quando mais de 47 milhões de eleitores escolheram Dilma como candidata. Em contrapartida, 2018 foi o ano em que o partido ficou mais desgastado. Pela primeira vez desde 1998, a sigla ficou em segundo no primeiro turno da disputa presidencial, após 12 anos de liderança.

PL e PSL

Pelo segundo pleito consecutivo, os votos foram disputados entre Jair Bolsonaro e um candidato petista, apesar de mudança na chapa bolsonarista. Em 2018, o mandatário disputou a eleição pelo PSL; neste ano, concorre ao PL. No mapa, ambos aparecem em verde.

Por isso, a lógica inverte entre um concurso e outro: se anteriormente o PL não teve representante no confronto pela Presidência, em 2022 é o PSL quem desaparece do mapa – o partido se juntou ao DEM para compor o União Brasil e, por isso, ambos foram extintos. É Soraya Thronicke quem encabeçou a chapa do União na eleição corrente.

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MDB

O MDB de Simone Tebet retorna aos primeiros lugares de voto após um jejum de mais de duas décadas. Resultado semelhante foi atingido, pela última vez, em 1994. Orestes Quércia, ex-governador de São Paulo, foi o escolhido pela chapa e terminou a disputa em quarto lugar.

A legenda, – anteriormente PMDB – fez parte da chama com o PT na composição para o Planalto, mas como vice-presidente em duas disputas seguidas: Michel Temer, agora pelo MDB, esteve como vice de Dilma Rousseff.

PDT

Se em 2018 o PDT, puxado pela candidatura de Ciro Gomes, encerrou a disputa com um dos seus melhores desempenhos, em 2022 o partido terminou em quarto lugar na eleição com 3% dos votos válidos. O resultado também é uma baixa para Ciro, que já esteve entre os mais votados de 1998 e 2002 quando concorreu pelo então PPS (atual Cidadania). No intervalo, foram 11% e 12% de votos para a candidatura cirista, respectivamente.