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Acabou a greve do metrô em SP? Veja o que foi definido

Paralisação protesta contra o plano da gestão Tarcísio de Freitas de privatizar empresas públicas

Por Fabio Grellet
Atualização:

Os metroviários decidiram encerrar a greve às 23h59 desta terça-feira, 3, e recusaram propostas de realizar nova paralisação na próxima semana. A decisão foi tomada durante assembleia da categoria. O sindicato dos ferroviários, que representa os trabalhadores da CPTM, também anunciou o fim da greve nesta terça-feira, assim como os funcionários da Sabesp.

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Na assembleia dos metroviários, foram apresentadas propostas pela continuidade da greve, sem interrupção, e pelo encerramento da paralisação com nova assembleia no dia 8 ou 9 e greve no dia seguinte. Mas, essas propostas de retomar a paralisação na próxima semana foram derrotadas.

Fora da greve, a Linha 9-Esmeralda, operada pela ViaMobilidade, amanheceu com falhas nesta quarta, 4. O problema se estende desde terça, quando a empresa relatou problemas no sistema elétrico.

O resultado da votação foi anunciado pouco depois das 21h. Foram 2.952 votos, dos quais 2.331 pelo encerramento da greve e 587 por mantê-la. A proposta de nova paralisação na próxima semana foi recusada por 1.161 metroviários.

Plataforma lotada de passageiros na Estação da Luz, no centro da capital  Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

A greve unificada desta terça-feira foi em protesto contra o plano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) de desestatizar as empresas públicas. O interesse pela privatização de linhas de Metrô e da CPTM, bem como da Sabesp, já era anunciado por Tarcísio desde a época de campanha eleitoral, no ano passado.

A greve conjunta de 24 horas contra privatizações convocada pelos sindicatos de funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afetou mais de 3 milhões de pessoas direta ou indiretamente na Grande São Paulo nesta terça-feira – só as linhas do metrô paralisadas têm média diária de 2,7 milhões de atendidos.

Os sindicalistas alegam que a entrega da operação ao sistema privado pode tornar os serviços mais caros e com pior qualidade. O grupo cita, como argumento, falhas frequentes, como lentidão e descarrilamentos, nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, ambas administradas pela ViaMobilidade. Os erros levaram ao aumento de reclamação dos usuários do transporte e até investigação por parte do Ministério Público.

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Na manhã desta terça-feira, em pronunciamento à imprensa sobre a greve, o governador Tarcísio de Freitas criticou o movimento organizado pelos sindicatos e ainda elogiou o trabalho das concessionárias que operam as linhas não afetadas pela greve. Por terem administração privada, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô e as 8-Diamante e 9-Esmeralda, da CPTM, não paralisaram as atividades em virtude do movimento de greve.

Linhas do metrô e trens metropolitanos em funcionamento

Metrô

• Linha 1- Azul: fechada

• Linha 2- Verde: fechada

• Linha 3-Vermelha: fechada

• Linha 4-Amarela (ViaQuatro): funcionamento normal

• Linha 5-Lilás (Via Mobilidade): funcionamento normal

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• Linha 15- Prata: fechada

Trens

• Linha 7- Rubi: de Caieiras a Luz

• Linha 8- Diamante (Via Mobilidade): funcionamento normal

• Linha 9- Esmeralda (Via Mobilidade): linha em operação e trecho entre Pinheiros a Jaguaré operando via singela

• Linha 10- Turquesa: fechada

• Linha 11-Coral: de Guaianases a Luz

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• Linha 12- Safira: fechada

• Linha 13- Jade: fechada

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