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Em Brasília, fotógrafo fica ferido em protesto

Profissional foi atingido no rosto por bala de borracha quando passeata se dirigia ao Estádio Mané Garrincha

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Por Iuri Dantas, Clarice Cudischevitch, Elder Ogliari, Felipe Werneck, Marcelo Portela, Lauriberto Braga e Rene Moreira

Um protesto ontem em Brasília terminou em confronto entre manifestantes e Polícia Militar. O fotógrafo André Borges, que presta serviço para a Folha de S. Paulo, foi ferido no rosto por uma bala de borracha. Após passeata no centro, grupo se dirigiu para o Estádio Nacional Mané Garrincha, onde ocorreu o embate. Procurada pelo Estado, a assessoria da PM disse não saber de confrontos durante a manifestação. O ato reuniu cerca de 500 pessoas, pedindo o fim de corrupção.Outras 35 cidades também tiveram manifestações ontem, mas atraíram pequeno número de pessoas. Os políticos e as sedes dos Poderes Legislativo e Executivo continuam a ser os principais alvos.Em São Paulo, por exemplo, um protesto contra a corrupção e pela saída de Renan Calheiros da Presidência do Senado partiu do Largo da Batata, em Pinheiros, com cerca de 80 pessoas - mais de 25 mil estavam confirmadas pelo Facebook. Houve interdições pontuais na Avenida Rebouças. No Rio, um grupo de 500 pessoas fechou a Avenida Rio Branco em uma passeata que seguiu da Candelária para a Cinelândia. Os manifestantes gritaram frases contra o governador, Sérgio Cabral Filho (PMDB), o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a realização da Copa no Brasil em 2014. Cerca de uma hora antes, aposentados e pensionistas já haviam realizado manifestação na mesma via.Ocupações. Em Fortaleza, 200 pessoas se manifestaram na frente da Assembleia Legislativa, pela manhã, contra a corrupção - o movimento tinha 1.637 confirmações pelo Facebook. Os manifestantes portavam cartazes e gritavam palavras de ordem contra a corrupção.Já os manifestantes que ocupavam a Câmara Municipal de Santa Maria desde terça-feira da semana passada deixaram o edifício ontem. Eles consideraram que a reivindicação que apresentaram foi atendida na noite de domingo, quando o presidente da casa, Marcelo Bisogno (PDT), assinou um documento no qual se comprometeu a afastar o procurador jurídico Robson Zinn. O grupo acusa Zinn, que é ligado ao PMDB, de ter articulado só com aliados do prefeito a CPI que investiga responsabilidades de agentes públicos na tragédia da boate Kiss. Em Ribeirão Preto, nem o anúncio da redução da tarifa de R$ 2,90 para R$ 2,80 acabou com o acampamento na frente da prefeitura, que dura 6 dias. Os organizadores exigem R$ 2,60.

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