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Moradores defendem 'medida de segurança'

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Por Redação
Atualização:

Presidente do Conselho de Segurança (Conseg) do Morumbi, Júlia Titz Rezende diz que o fechamento de ruas traz "maior segurança" ao bairro, que é vizinho da segunda maior favela da capital paulista, a Paraisópolis. Ela cita que moradores de vias que não têm as características impostas pela nova lei ainda podem recorrer ao Programa Comunidade Protegida da CET, que permite o bloqueio do trânsito só de veículos com a instalação de floreiras nas entradas. Nesse modelo, conhecido como traffic calming, não são permitidas cancelas que obstruam a passagem de pedestres. No entanto, os moradores saem em defesa do fechamento das calçadas no Morumbi."Fui assaltada quatro vezes na rua aberta em que morava, perto do estádio (do Morumbi). Uma vez, os ladrões me trancaram, junto com a minha filha, que tinha 3 anos, por quatro horas num banheiro, enquanto eles levavam até as roupas de cama. Para morar no Morumbi em paz, só em rua fechada. Esse lugar tem muito mato e você nunca sabe de onde os assaltantes podem estar te observando", relatou a nutricionista Ana Paula Noboli, de 36 anos, moradora da Rua Itororó. A via é fechada a veículos - e a estranhos. Autor da nova lei e morador do Morumbi, o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), que teve sua residência assaltada em maio de 2008, diz que a lei reduziu a burocracia para os pedidos de bloqueio. Mas ele afirma apoiar a ação do Ministério Público para reabrir vias irregulares.Desde janeiro de 2009, a Prefeitura concedeu autorização para 22 dos 31 pedidos para o fechamento de ruas recebidos nas 31 subprefeituras - 71% do total. O governo municipal garante que só a partir do deferimento do pedido pela subprefeitura é que os moradores podem fazer o bloqueio. Caso as condições da lei não sejam cumpridas, os proprietários podem ser multados, informou a administração. / D.Z.

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