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Opinião|Prefeitura determina retirada de bandeiras LGBTQIA+ da fachada do Teatro Municipal de São Paulo

Retirada foi feita por funcionários da Fundação Teatro Municipal após gestora do espaço, a organização social Sustenidos, se recusar a atender a determinação da prefeitura

Foto do author João Luiz Sampaio

A Prefeitura de São Paulo ordenou a retirada das bandeiras LGBTQIA+ da fachada do Teatro Municipal. O pedido foi feito à organização social Sustenidos, responsável pela gestão do espaço. No entanto, a entidade recusou-se a atender a determinação e funcionários administrativos da Fundação Teatro Municipal foram ao prédio e retiraram pessoalmente as bandeiras.

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Em nota, a Sustenidos afirmou que "a bandeira foi retirada no dia 14/06, pela equipe da Fundação Theatro Municipal, sem concordância da Sustenidos, gestora do Complexo Theatro Municipal de São Paulo". "A Sustenidos apoia a causa LGBTQIA+ em todos os projetos e equipamentos sob sua gestão, e vem buscando formas de aprimorar continuamente o tratamento do tema institucionalmente", diz o texto.

Também em nota, a Secretaria Municipal de Cultura afirmou que "a remoção da bandeira LGBTQIAPN+, se deu pelo fato da rotatividade das atividades do espaço, sendo necessárias alterações constantes em sua fachada, propiciando assim o regular andamento das atividades". Nos últimos anos, a bandeira, no entanto, ficou exposta ao longo de todo o mês de junho, mês do orgulho LGBTQIA+.

Teatro Municipal de São Paulo [Divulgação/Stig de Lavor]  

Um abaixo-assinado foi criado por funcionários e artistas pedindo que as bandeiras sejam recolocadas. No texto, eles afirmam que a "a falta absoluta de justificativa por parte da fundação para a solicitação de retirada das bandeiras torna essa ação um ataque às políticas de diversidade, que representam conquistas históricas".

A gestão do Municipal é feita por uma organização social, que estabelece um contrato de gestão com a Fundação Teatro Municipal, que representa no processo a Secretaria Municipal de Cultura e a Prefeitura.

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Opinião por João Luiz Sampaio

É jornalista e crítico musical, autor de "Ópera à Brasileira", "Antônio Meneses: Arquitetura da Emoção" e "Guiomar Novas do Brasil", entre outros livros; foi editor - assistente dos suplementos "Cultura" e "Sabático" e do "Caderno 2"

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