PUBLICIDADE

Publicidade

Lula manifesta preocupação com Doha e crise americana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou hoje, no encontro com empresários dos países que integram o Sistema de Integração Centro-Americana (Sica), a sua preocupação com as negociações da Rodada Doha, na Organização Mundial do Comércio (OMC), e com a crise econômica nos Estados Unidos, com efeito nas economias mais fortes do mundo. Ele atribui as dificuldades de flexibilização da União Européia e dos Estados Unidos, no mercado agrícola, ao custo político que isso pode representar. Com relação à crise nos Estados Unidos, disse que ninguém sabe os seus efeitos, já que ela está longe de acabar. "O dado concreto e objetivo é que todo mundo sabe que, se os Estados Unidos tiverem uma recessão, esta recessão tem abalo na economia mundial. Uns sofrerão mais, outros menos. E todos nós agora precisamos começar a compreender que com este mundo globalizado que estamos vivendo não podemos mais ficar dependendo apenas de um ou de outro país. Nossos empresários precisam ter clareza disso", alertou. O presidente alertou também para o problema do preço dos combustíveis , com repercussão nos preços dos alimentos e as especulações de que o biocombustível pode gerar a redução da oferta de alimentos. "Obviamente que nenhum governante é louco de produzir combustível para o tanque de um carro ao invés de produzir combustível para o seu estômago. Ninguém é tão insano a ponto de fazer isso. O que nós queremos provar é que é plenamente compatível você combinar a produção de uma nova matriz energética na área de combustível e produzir alimento sem criar nenhum problema. É só nos darem mercado para perceberem o quanto nós temos condições de fazer avançar a agricultura no mundo", afirmou. Para o presidente, o desafio, agora, dos empresários brasileiros é tentar fazer "com mais sabedoria" o que não foi feito no século 20. "É pensar que tipo de parceria podem fazer junto com os empresários dos países do Sica. Não é apenas comprar do Brasil, mas se associar a empresas brasileiras para que aqui estes produtos possam servir de geração de empregos, de aumento de renda para os países menores e aumento de exportações.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.