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OMC: preço de commodities 'salva' exportação brasileira

Por JAMIL CHADE

A alta nos preços das matérias-primas está salvando as exportações brasileiras e permitindo que o País tenha uma taxa de crescimento em 2008 acima dos índices da China, pela primeira vez em décadas. Os dados são da Organização Mundial do Comércio (OMC) e apontam que, neste ano, o Brasil vem apresentando um desempenho bem acima da média mundial em suas vendas. Já em 2007, pelo ranking divulgado hoje em Genebra, o Brasil conseguiu avançar uma posição e hoje ocupa o 23º lugar, ainda que uma taxa de crescimento abaixo da média do Mercosul e a menor entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China). Mas segundo a análise da OMC, mais da metade da alta registrada nas exportações brasileiras ocorreu graças aos preços, e não ao volume exportado. Representando apenas 1,2% do comércio mundial, o Brasil precisaria se concentrar em garantir uma maior competitividade de seus setores produtivos para não depender dos preços dos produtos de base. Em 2007, o País registrou um crescimento das exportações de 17% em valor, com US$ 161 bilhões. Em 2006, o Brasil havia caído para a 24ª posição no ranking da OMC e, no atual relatório, retoma a posição que tinha em 2005. Em volume, porém, o Brasil teve uma alta de suas vendas de apenas 6,9% em 2007. O resultado, por enquanto, é que o País continua patinando no ranking dos maiores exportadores do mundo. Mesmo que tenha subido uma posição e incrementado sua fatia no comércio internacional em 0,1% em um ano, a participação de 1,2% no mercado mundial é inferior às taxas apresentadas pelo País em décadas passadas. Países relativamente pequenos como Áustria, Suécia e Suíça continuam com maior participação no comércio mundial que a economia brasileira.

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