PUBLICIDADE

Com Gol no último minuto, Boca abate o Fluminense

Tricolor carioca vencia até os 45 da segunda etapa e levava decisão para os pênaltis. Aí, Santiago Silva marcou

PUBLICIDADE

A torcida do Fluminense tomou conta do Engenhão ontem à noite, certa de mais uma vitória épica do time. Mas após um primeiro tempo com muita raça e entrega, e uma pitada de futebol, a postura acuada no segundo tempo resultou em um gol sofrido no último minuto e o 1 a 1 com o Boca Juniors significou o fim do sonho na Libertadores.Pesaram muito os desfalques de Fred e Deco, os mais experientes e de maior qualidade técnica. As ausências nas duas partidas (derrota por 1 a 0 na Bombonera) foram determinante para ambos os resultados.A história caminhava para seguir um roteiro de cinema quando Thiago Carleto abriu o placar aos 17, em cobrança de falta que contou com um golpe de sorte. Mais cedo, o lateral-esquerdo, que só jogou pela suspensão do titular Carlinhos, recebeu um telefonema do pai avisando que ele iria fazer um gol de falta, como sonhara.A postura ofensiva dos brasileiros alimentava ainda mais a esperança do segundo gol diante de um Boca Juniors desestruturado tática e emocionalmente.A pressão tricolor resultava em faltas na intermediária e foi em uma delas que Carleto marcou. Ele chutou sem a força habitual, mas a bola desviou e morreu no canto direito de Orión.O jogo ficou tenso no segundo tempo, com consequentes erros de ambos os lados e muito contato físico. O Boca aproveitou para controlar a posse de bola diante de um adversário mais temeroso de sofrer um gol do que decidido a fazer o segundo.Com o domínio das ações o Boca rodeou a área do oponente que chegou ao gol de empate, em arrancada de Rivero. Seu chute ainda tocou nas duas traves antes de Santiago Silva tocar para as redes aos 45. Festa argentina, desolação carioca.Abatido, o técnico Abel Braga entrou na sala de coletiva com o rosto vermelho e as veias do pescoço pulsando. Ele destacou as lágrimas de seus comandados, mas também a convicção de que luta não faltou. "Os jogadores dignificaram a camisa do clube, jogaram com muita galhardia.''A todo momento, o técnico tricolor repetia a frase "não sei explicar, só os deuses''. Nem mesmo a postura acuada no segundo tempo foi razão para críticas. "O Boca jogava por uma bola. Meu goleiro não fez uma defesa o jogo todo. Eles foram muitos felizes no lance'', disse Abel, em referência ao fato de gol argentino saído de uma jogada rápida.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.