Publicidade

Leila e Casares discutem crise entre Palmeiras e São Paulo na sede da FPF

Encontro foi proposto pelo presidente Reinaldo Carneiro Bastos para selar paz entre as direções

PUBLICIDADE

Foto do author Ricardo Magatti
Foto do author Leonardo Catto
Por Ricardo Magatti e Leonardo Catto

A crise entre Palmeiras e São Paulo teve um novo capítulo nesta quinta-feira, dia 7. Os presidentes dos dois clubes, Leila Pereira e Júlio Casares tiveram uma reunião para selar a paz entre os clubes, na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), que agora terá participação na organização dos próximos jogos entre os clubes.

PUBLICIDADE

O encontro foi mantido em sigilo e aconteceu a convite do presidente Reinaldo Carneiro Bastos. A intenção era acabar com a crise antes de novos clássicos entre os clubes. Conforme apurou o Estadão, a conversa se deu em tom cordial, com a perspectiva de que novos casos de ofensas entre dirigentes ou contra treinadores, como aconteceu, não se repitam.

Foi definida uma mudança prática a partir da reunião. Haverá, nos próximos clássicos, a participação da FPF na organização das partidas. É comum que, antes dos jogos, os clubes conversem entre si para definir questões logísticas, por exemplo. Agora, a entidade que comanda o futebol paulista também terá papel ativo nessa conversa.

A FPF quer evitar que haja novas brigas como a do último domingo, quando a diretoria são-paulina se recusou a ceder a sala de entrevistas para o treinador palmeirense Abel Ferreira dar a coletiva de imprensa e ele deixou o clássico sem conversar com os repórteres. Por isso, o clube tricolor recebeu uma multa administrativa da Federação Paulista de Futebol (FPF) no valor de R$ 5 mil.

Presidentes de Palmeiras e São Paulo, Leila e Casares se reuniram na FPF para aparar arestas. Foto: Reprodução/X

A crise entre os dirigentes dos dois clubes se intensificou no último domingo, depois do empate por 1 a 1 pelo Campeonato Paulista. Os são-paulinos colecionaram reclamações sobre a arbitragem. Após o jogo, entre gritos no túnel de acesso aos vestiários, Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, disse que o árbitro permitiu que Abel Ferreira apitasse o jogo. Em seguida, ele ainda se referiu ao treinador como “português de m...”.

O Palmeiras tratou o caso como xenofobia. Leila definiu a situação como um “ataque histérico” e chegou a anunciar que estudaria medidas legais contra Belmonte. Ela disse que Casares devia procurá-la para pedir “desculpas públicas” e que se comprometa de que isso não vai se repetir. Quanto ao diretor do São Paulo, cobrou que as autoridades o punam como forma de evitar que um comportamento semelhante se repita. “Vou conversar com meus advogados que eu gostaria até que ele não fosse mais no Allianz. É uma persona non grata nos nossos ambientes”, enfatizou.

Em resposta, Casares criticou Abel em nota alfinetou e afirmou que sempre recebeu bem a Leila, mas não pode dizer o mesmo do São Paulo no Allianz. “Já tivemos diversos incidentes com nossos profissionais por lá. Não podemos viver como dirigentes do passado, mas não podemos deixar de ter o amor por nosso time do coração”.

Publicidade

Por iniciativa de Leila e Casares, dirigentes que veem o futebol de modo semelhante, como um produto, e têm interesses parecidos, Palmeiras e São Paulo se reaproximaram no ano passados e mantiveram boas relações institucionais. Ambos fizeram um acordo cedendo seus estádios reciprocamente em casos de eventos em dias de jogos. A parceria durou pouco e a relação cordial morreu rapidamente.

Os dois clubes voltam a campo no fim de semana, pela última rodada do Paulistão. Já classificado, o Palmeiras recebe o Botafogo-SP, na Arena Barueri, no sábado, às 18h. O São Paulo visita o Ituano, no domingo, às 16h, e precisa vencer para garantir a vaga na próxima fase.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.